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    A ditadura envergonhada

    Por Elio Gaspari
    Existem 13 citações disponíveis para A ditadura envergonhada

    Sobre

    A obra de Elio Gaspari ganha versão digital com apresentação de documentos


    COLEÇÃO DITADURA


    Elio Gaspari


    Durante os últimos trinta anos, o jornalista Elio Gaspari reuniu documentos até então inéditos e fez uma exaustiva pesquisa sobre o governo militar no Brasil. O resultado desse meticuloso trabalho gerou um conjunto de quatro volumes que compõem a obra mais importante sobre a história recente do país, e que acaba de ganhar uma edição revista e ampliada, enriquecida com novas fotos e projeto gráfico.


    A obra está dividida em dois conjuntos: As ilusões armadas e O sacerdote e o feiticeiro. Publicada original¬mente em 2002, As ilusões armadas reúne os livros A ditadura envergonhada e A ditadura escancarada, e rece¬beu o prêmio de Ensaio, Crítica e História Literária de 2003, concedido pela Academia Brasileira de Letras. Nos primeiros anos após o golpe de 1964, o governo militar ainda relutava em se assumir como uma ditadura, daí o título A ditadura envergonhada. Mas com a edição do AI-5, no final de 1968, que suspendeu direitos constitu¬cionais, ela se revela. Em A ditadura escancarada, são reconstituídos os momentos mais tenebrosos do regime, como a prática da tortura contra os opositores do regime e a violência empregada contra os guerrilheiros do Araguaia, um dos últimos núcleos de resistência política.


    Os personagens centrais de O sacerdote e o feiticeiro são respectivamente os generais Ernesto Geisel e Gol¬bery do Couto e Silva. A ditadura derrotada detalha os antecedentes desses dois importantes personagens, con¬centrando-se na articulação que os levou ao poder e também na vitória do partido de oposição nas eleições de 1974. A ditadura encurralada, quarto volume, culmina com a exoneração do general Sylvio Frota do cargo de ministro do Exército. Naquele momento, o presidente Ernesto Geisel punha um ponto final na anarquia militar que tomava conta do país. Desse relato fazem parte episódios como o assassinato do jornalista paulista Vladimir Herzog em outubro de 1975, nas dependências de uma unidade do Exército, fato que contribuiu para azedar a relação entre a Presidência e setores das Forças Armadas.


    O quinto livro da série, a ser publicado futuramente, abordará o final da gestão do general Geisel, o governo do presidente João Baptista Figueiredo, em que se sobressaem o atentado do Riocentro, a bancarrota de 1982 e a campanha por eleições diretas.


    ? Pela primeira vez em formato eletrônico, a principal obra sobre a história recente do país é reeditada com material inédito.


    ? Atualizações realizadas a partir de atas do Conselho de Segurança Nacional divulgadas em 2008 pelo Arquivo Nacional.


    ? Mais de 100 fotos novas foram acrescidas ao material original.


    ?Documentos do arquivo pessoal do autor, áudios e vídeos estão disponíveis em www.arquivosdaditadura.com.br.


    ? Duas versões de e-book, incluindo edição enriquecida com áudios e vídeos.

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    Citações de A ditadura envergonhada

    Quando assumiu, havia uma ditadura sem ditador. No fim de seu governo, havia um ditador sem ditadura.

    Atribuir o fim da censura a qualquer tipo de pressão direta sobre o governo seria um exagero, pois se a censura tem uma utilidade esta é a de colaborar decisivamente para a desmobilização política da sociedade.

    “O apagamento da linha divisória entre verdade fatual e opinião é uma das inúmeras formas que o mentir pode assumir”.

    “O que houve em 1964 não foi uma revolução. As revoluções fazem-se por uma ideia, em favor de uma doutrina. Nós simplesmente fizemos um movimento para derrubar João Goulart. Foi um movimento contra, e não por alguma coisa. Era contra a subversão, contra a corrupção. Em primeiro lugar, nem a subversão nem a corrupção acabam. Você pode reprimi-las, mas não as destruirá. Era algo destinado a corrigir, não a construir algo novo, e isso não é revolução”, explicaria o general Ernesto Geisel em 1981.

    As cidades são “cemitérios de revolucionários”, proclamara o Comandante.

    Para quem quiser cortar caminho na busca do motivo por que Geisel e Golbery desmontaram a ditadura, a resposta é simples: porque o regime militar, outorgando-se o monopólio da ordem, era uma grande bagunça.

    “O que houve em 1964 não foi uma revolução. As revoluções fazem-se por uma ideia, em favor de uma doutrina. Nós simplesmente fizemos um movimento para derrubar João Goulart. Foi um movimento contra, e não por alguma coisa. Era contra a subversão, contra a corrupção. Em primeiro lugar, nem a subversão nem a corrupção acabam. Você pode reprimi-las, mas não as destruirá. Era algo destinado a corrigir, não a construir algo novo, e isso não é revolução”, explicaria o general Ernesto Geisel em 1981.30

    Perseguir subversivos era tarefa bem mais fácil do que encarcerar corruptos, pois se os primeiros defendiam uma ordem política, os outros aceitavam quaisquer tipos de ordem. Fariam parte do regime, fosse qual fosse. Poderosas eram suas conexões. O IPM da UNE engordou, mas o da Previdência Social foi ao arquivo.

    Nos primeiros meses do que se denominava “Operação Limpeza”, o presidente da CGI, general Estevão Taurino de Rezende, reconheceu que “o problema do comunismo perde expressão diante da corrupção administrativa nos últimos anos” e se confessava “abatido pela extensão das irregularidades já verificadas”, pois mesmo sendo “triste para um soldado ter de dizer isto (…) a impressão é de que, se fosse tudo apurado, o Brasil se esvaziaria”.

    “Difícil não é explicar os que tentaram uma ação desesperada. É explicar a ineficácia dessa ação. O x da questão não é encontrar na vida de alguns as causas de serem diferentes, mas na vida de todos a permanência assombrosa da indiferença”.

    “duas fontes ativas do movimento anti-Goulart dizem que o golpe contra o governo do Brasil deverá acontecer em 48 horas”.

    “Os bons governos previnem o conflito, os maus o estimulam; os governos fortes o desencorajam, e os governos fracos o tornam inevitável”.92 O governo do marechal Costa e Silva era mau e fraco.

    Em junho de 1964, Castello enviara ao Congresso uma mensagem propondo a extinção da UNE e das demais organizações estudantis. Com

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