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    A enxada e a lança: A África antes dos portugueses

    Por Alberto da Costa e Silva
    Existem 9 citações disponíveis para A enxada e a lança: A África antes dos portugueses

    Sobre

    AUTOR VENCEDOR DO PRÊMIO CAMÕES 2014!

    A enxada e a lança é ?um daqueles livros que já nascem clássicos, no sentido de que, situando-se no plano das grandes obras universais, conquistam desde logo um lugar permanente e definitivo em qualquer biblioteca de cultura?. WILSON MARTINS

    ?Estudo sem paralelo em língua portuguesa.? PAULO BROSSARD

    ?A enxada e a lança honra e enriquece nossa precária contribuição ao saber histórico.? PAULO FRANCIS

    ?O livro mais importante que li na vida.? CASSIO LOREDANO

    ?Nunca mais seremos a mesma pessoa depois de ler esse livro-monumento.? ADELTO GONÇALVES

    ?Uma bíblia da Terra.? AGOSTINHO DA SILVA

    ?Leia, quem o ignore, por exemplo, essa notabilíssima obra que é A enxada e a lança: a África antes dos portugueses.? JOSÉ SARAMAGO

    Este livro em sua quinta edição, revista e ampliada representa um raro desafio. Começa na pré-história do continente africano, que se confunde com a própria pré-história do homem, e termina em 1500, época em que muitos outros livros de história começam. Somente uma frase a última, depois de mais de novecentas páginas permite antever o início da era moderna, mais próxima e mais conhecida: ?Não se estranhará, por isso, que os congos, e talvez outros povos antes deles, confundissem com baleias as formas bojudas que se aproximavam de suas costas e traziam os portugueses?. Apoiado em vastíssimo material arqueológico, antropológico e histórico pouco conhecido no Brasil, A Enxada e a Lança descreve povos e etnias, técnicas agrícolas e de navegação, expressões religiosas e artísticas, reinos extintos, cidades desaparecidas, costumes e crenças, línguas e dialetos, tratando sempre da África negra.

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    Citações de A enxada e a lança: A África antes dos portugueses

    Um segundo mito diz respeito à escravidão. O autor esgrime seu vasto conhecimento contra a atual tendência politicamente correta de suavizar as formas de escravidão anterior à chegada dos portugueses no século XIV ou mesmo negá-la de todo.

    O comércio negreiro desorganizou muitas sociedades africanas, afetou-lhes a produção, corrompeu lealdades, tradições e princípios, partiu linhagens e famílias, disseminou continente afora a insegurança e o medo.

    O que realmente faz da África duas Áfricas é o enorme deserto, a estender-se do Atlântico ao mar Vermelho. É ele que determina no continente duas realidades: a mediterrânica e a subsaariana.

    Calcula-se que existam na África cerca de 1.250 línguas diferentes. Se se adotar, no entanto, um critério em que se tenham por idiomas distintos aqueles que seus falantes assim o considerem — como sucede na Europa com o sueco, o dinamarquês e o norueguês, que podem, por outro método, ser classificados como uma só língua —, o número sobe para 2.050.

    Cada um deles tinha na carne e na alma a história de sua nação, ainda que este a não soubesse recitar de cor, ou aquele quase a ignorasse de todo. Pois o passado se entranha no que somos e nas formas de nossa vida, e o passado que eram (e que se busca narrar neste livro) foi o que impediu que se desumanizassem e o que projetaram num futuro que, mesmo escravos, não perderam. Esse passado, por ter sido deles, é nosso, que os continuamos — um passado em que é difícil deslindar mito e realidade, sobretudo no amplo espaço dos séculos em que a história era ainda poesia.

    Alberto da Costa e Silva constrói sua narrativa em estilo preciso, às vezes delicado e poético, mas sempre repleto de autoridade e erudição, valendo-se de sua longa experiência de pesquisador e diplomata brasileiro na África, onde serviu como embaixador na República do Benim e na Nigéria e percorreu quinze países. Generoso com o leitor, escreve de forma didática e fácil de entender, virtude infelizmente rara entre os historiadores brasileiros.

    “Toda narrativa histórica é uma aproximação hipotética de acontecimentos que o autor não viveu”, define.

    “Jamais saberemos o que realmente fomos se não […] desfiarmos [a história brasileira] pelo menos desde Afonso Henriques, [primeiro rei de Portugal], na praia ocidental da Península Ibérica, e desde Nok e a expansão dos bantos, no continente que a nós temos defronte”, diz.

    estudar a história da África é essencial para compreender o Brasil.

    eBooks por Alberto da Costa e Silva

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