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    A manilha e o libambo: A África e a escravidão, de 1500 a 1700

    Por Alberto da Costa e Silva
    Existem 6 citações disponíveis para A manilha e o libambo: A África e a escravidão, de 1500 a 1700

    Sobre

    AUTOR VENCEDOR DO PRÊMIO CAMÕES 2014!

    Em 2003 A manilha e o libambo recebeu o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, e o Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, da Fundação Biblioteca Nacional.

    ?Livro notável e brilhante. Um radical novo começo na historiografia brasileira. Um livro provavelmente mais atual e melhor pesquisado do que qualquer outra obra em um só volume sobre história da África. É uma pena que este excelente livro só se encontre em português.?
    ? JOHN THORNTON (no International Journal of African Historical Studies)

    ?Não é mais possível que se entenda e avalie a realidade da escravidão africana no mundo e no Brasil sem o extraordinário levantamento feito por Alberto da Costa e Silva no seu livro de mais de mil páginas, A manilha e o libambo.?
    ? ANTÔNIO OLINTO

    ?Publicando A enxada e a lança e A manilha e o libambo, Alberto da Costa e Silva qualificou-se como o maior africanólogo em língua portuguesa e, por isso mesmo, um dos mais destacados no plano internacional.?
    ? WILSON MARTINS

    ?Livro praticamente obrigatório de qualquer estante culta.?
    ? MANOLO FLORENTINO

    ?A manilha e o libambo e A enxada e a lança constituem a maior contribuição já dada por um historiador brasileiro para o melhor conhecimento do passado dos povos e das culturas do continente africano.?
    ? WALDIR FREITAS OLIVEIRA

    ?Soberbo livro, sereno e convincente.?
    ? LEO GILSON RIBEIRO

    A manilha e o libambo é um livro que não pode faltar em nenhuma estante. Nele pinta-se, num estilo claro, emocionado e envolvente, o conjunto de painéis que formam a metade africana da história do Atlântico, sem a visão dos quais nunca entenderemos de forma completa o resto do retábulo, ou seja, a história da escravidão no continente americano e, consequentemente, a história do Brasil. Ao estudar as sociedades e as estruturas de poder na África, os conflitos que, ao longo do tempo, entre elas se travaram e a organização do comércio regional e a distância, esta obra nos fornece as pistas para a descoberta das origens de nossos primeiros antepassados africanos e abre novos horizontes à compreensão do que deles recebemos.

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    Citações de A manilha e o libambo: A África e a escravidão, de 1500 a 1700

    O monarca português — repito — aspirava a compor, ao sul do Saara muçulmano e a caminho da Arábia e da Índia, uma sólida aliança com um rei poderoso, que fosse ou se tornasse cristão. O manicongo bem podia ser esse soberano.

    Tudo começara com os escravos, indispensáveis para alimentar o comércio de ouro na Mina.

    Importante era o que se requisitava ao rei de Portugal: primeiro, que acolhesse e mandasse educar rapazes do Congo, a fim de que estes,

    Com a ocupação do Egito e do norte da África, multiplicaram-se os escravos pretos. Em pouco tempo, os árabes e seus correligionários organizaram e desenvolveram o comércio a distância de negros, dando-lhe uma dimensão que jamais tivera.

    O islame melhorou, sem dúvida, o estado do escravo na Arábia, onde sempre fora tido como um bem semovente, como gado, recebendo do dono — repito o que já se disse15 — a mesma proteção que um camelo. Como quase sempre sucede, havia, no entanto, grande diferença entre a prática e a pregação em nome do Profeta. Essa diferença alargou-se à medida que os árabes foram acumulando êxitos em sua empresa de conquista, se convencendo de que eram o povo eleito, se enriquecendo com o butim e o tributo, se urbanizando e, concomitantemente, arabizando as populações submetidas. Não cessou de aumentar entre eles o número de escravos e escravas. Para concubinas, cantoras e músicas. Para o cuidado dos jardins e das hortas. Para o trato dos cavalos e dos camelos. Para trabalharem o barro, as fibras, o couro, os metais e a madeira. Para as minas. Para os serviços domésticos de uma aristocracia em formação, que abandonava as tendas e os acampamentos militares e construía alcáceres, palacetes e mansões, enquanto aumentava o tamanho de seus serralhos. Para acompanhar os senhores nas batalhas e, mais tarde, combater como soldados.

    Quando, talvez no fim do século VI a.C., Méroe substituiu Napata como capital do Cuxe, já era um grande porto caravaneiro. E talvez recebesse escravos de toda a vasta região que se estende das montanhas etíopes até o rio Níger ou, pelo menos, o lago Chade.

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