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    A medicalização da vida como estratégia biopolítica

    Por Selvino José Assmann
    Existem 14 citações disponíveis para A medicalização da vida como estratégia biopolítica

    Sobre

    A obra é o resultado do diálogo frutífero e instigante de um conjunto de pesquisadores de diversas disciplinas reunidos em torno de um debate enriquecedor sobre a biopolítica e a medicalização da vida.
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    Citações de A medicalização da vida como estratégia biopolítica

    A comunidade é uma invenção tecnológica que tem por finalidade primeira proteger os indivíduos que abriga de toda e qualquer ameaça, real ou provável, que se pode lançar contra eles.

    Do mesmo modo que nas disciplinas se conjuga a maximização das forças produtivas com a diminuição da capacidade

    Trata-se, pois, de duas estratégias de poder que se sucedem: a primeira individualizante, a segunda massificadora, a primeira referida ao homem enquanto possuidor de um corpo, a segunda referida ao homem enquanto faz parte de uma espécie

    Trata-se de perceber como o corpo, o corpo vivo, é a um só tempo “alvo” de intervenção médica e de intervenção política: é no corpo que política e biologia se cruzam e se mesclam tornando-se um só.

    O confinamento, por sua vez, inclui entre outras modalidades o manicômio como lugar de reclusão (não se sabe bem o quê) da sem-razão, do caos, da falta de senso comum, da desordem, do medo, da diferença, da dissidência, mas que persiste durante séculos como uma forma de controle social.

    O que realmente produz esta necessidade de localizar a loucura fora de cena, como uma imagem que não deve ser vista?

    A loucura é temida por despir os artifícios do senso comum, incluindo o mais fundamental que é o que permite sua naturalização.

    Aparentemente já não se precisam mais os muros físicos do asilo, pois os novos fármacos geram “muros”, desta vez neuroquímicos, que facilitam a contenção inibindo alguns dos chamados sintomas floridos da psicose, como o delírio e as alucinações.

    Em realidade, os centros assistenciais se convertem em palcos de contínua luta entre a desculturação própria da loucura e o senso comum.

    Assim poderá passar o tempo, até que o paciente opte por narrar aquilo que considera que o terapeuta espera escutar. Dar uma imagem de senso comum, de sujeito domesticado que já não mostra traços de sentidos obscenos, que atua criticamente contra essa experiência que um dia teve.

    todo o empenho de Esposito consiste em demonstrar como, símile ao sistema imunológico de um organismo, as sociedades reguladas pelo paradigma imunitário podem se valer de elementos e fatores encarados como perniciosos, comprometedores da vida, fatores etiológicos, carreadores de morte e dessubjetivação, para assegurar alguma proteção da vida coletiva, comunitária.

    Ou a biopolítica produz subjetividade ou produz morte. Ou torna sujeito o próprio objeto ou o objetiva definitivamente.

    “uma teoria biológica é dominada por uma filosofia política” (CANGUILHEM, 1971, apud ESPOSITO, 2009, p. 185).

    a tese da defesa do organismo diante dos perigos de contaminação adotada pela patologia é antes a metáfora política da proteção e fortificação das cidades contra as ameaças externas.

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