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    A Relíquia

    Por José Maria de Eça de Queirós
    Existem 10 citações disponíveis para A Relíquia

    Sobre

    A Relíquia é um romance do escritor português Eça de Queirós, publicado em 1887. O autor deu-lhe como subtítulo, a agora célebre frase "sobre a nudez forte da verdade ? o manto diáfano da fantasia".
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    Citações de A Relíquia

    Passos brandos e nús pisavam a esteira que recobria o ladrilho de tijolo; e a agua rumorejou, como agitada por um dôce braço despido que lhe experimentava o calor. Então, abrazado, fui ouvindo todos os rumores intimos de um longo, lento, languido banho: o espremer da esponja; o fôfo esfregar da mão cheia de espuma de sabão; o suspiro lasso e consolado do corpo que se estira sob a caricia da agua tepida, tocada d’uma gotta de perfume…

    esponja:—e eu, tremendo todo, julgava vêr as gottas vagarosas a escorrer entre o rego d’esses seios duros e brancos que faziam estalar o vestido de sarja…

    E logo uma idéa sulcou-me o espirito com um brilho de visitação celeste…

    com as costas vergadas, esmagadas pela vastidão do peccado humano;

    oração—não é para que tu, prolongando indulgentemente uma existencia estorvadora, me prives da rapida herança e dos gozos a que a minha carne moça tem direito!

    Jerusalem é uma villa turca, com viellas andrajosas, acaçapada entre muralhas côr de lôdo, e fedendo ao sol sob o badalar de sinos tristes.

    e Elle ensinou, em singela parabola, como a Ignorancia é uma fogueira que devora o homem—alimentada pelas enganosas sensações de Vida que os sentidos recebem das enganosas apparencias do Mundo.

    Eu não sou Jesus de Nazareth, nem outro Deus creado pelos homens… Sou anterior aos deuses transitorios: elles dentro em mim nascem; dentro em mim duram; dentro em mim se transformam; dentro em mim se dissolvem: e eternamente permaneço em torno d’elles e superior a elles, concebendo-os e desfazendo-os, no perpetuo esforço de realisar fóra de mim o Deus absoluto que em mim sinto. Chamo-me a Consciencia;

    Até a Cruz, a Fórma suprema, tem perdido entre os homens a sua divina significação. A christandade, depois de a ter usado como lábaro, usa-a como enfeite. A cruz é broche, a cruz é breloque; pende nos collares, tilinta nas pulseiras; é gravada em sinetes de lacre, é incrustada em botões de punho;—e a Cruz realmente n’este soberbo seculo pertence mais á Ourivesaria do que pertence á Religião…

    camisa:—A minha querida afilhada vai bem, Raposo, e espera fazer-te feliz!—E isto não é milagre extraordinario, porque me contam aqui todas as familias respeitaveis com quem vou tomar chá que a Senhora e seu divino Filho dirigem sempre algumas palavras bonitas a quem os vem visitar.

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