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    Antologia Poética

    Por Fernando Pessoa
    Existem 13 citações disponíveis para Antologia Poética

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    ?Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.?
    (Trecho de ?Tabacaria?)

    Seleção e organização de Jane Tutikian

    Fernando Pessoa (1888-1935) nasceu em Lisboa. Nome-chave da lírica moderna, inventou vários heterônimos ? personagens com vidas, personalidades e estilos de escrita próprios. Os principais são Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, e sob estes nomes Pessoa escreveu grande parte de sua obra poética. Em vida, publicou no formato de livro somente Mensagem, poema épico sobre Portugal. Esta Antologia poética reúne alguns dos mais belos versos do poeta, em suas diversas fases e de seus heterônimos.
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    Citações de Antologia Poética

    Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe porque ama, nem o que é amar… Amar é a eterna inocência, E a única inocência é não pensar…

    Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui.

    O mundo é para quem nasce para o conquistar E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda [que tenha razão.

    Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

    O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.

    A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias. Cada coisa é o que é, E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra, E quanto isso me basta. Basta existir para se ser completo.

    Eros e Psique …E assim vedes, meu Irmão, que as verdades que vos foram dadas no Grau de Neófito, e aquelas que vos foram dadas no Grau de Adepto Menor, são, ainda que opostas, a mesma verdade. Do ritual do Grau de Mestre do Átrio na Ordem Templária de Portugal Conta a lenda que dormia Uma Princesa encantada A quem só despertaria Um Infante, que viria De além do muro da estrada Ele tinha que, tentado, Vencer o mal e o bem, Antes que, já libertado, Deixasse o caminho errado Por o que à Princesa vem. A Princesa Adormecida, Se espera, dormindo espera. Sonha em morte a sua vida, E orna-lhe a fronte esquecida, Verde, uma grinalda de hera. Longe o Infante, esforçado, Sem saber que intuito tem, Rompe o caminho fadado. Ele dela é ignorado. Ela para ele é ninguém. Mas cada um cumpre o Destino – Ela dormindo encantada, Ele buscando-a sem tino Pelo processo divino Que faz existir a estrada. E, se bem que seja obscuro Tudo pela estrada fora, E falso, ele vem seguro, E, vencendo estrada e muro, Chega onde em sono ela mora. E, inda tonto do que houvera, À cabeça, em maresia, Ergue a mão, e encontra hera, E vê que ele mesmo era A Princesa que dormia.

    Tão cedo passa tudo quanto passa! Morre tão jovem ante os deuses quanto Morre! Tudo é tão pouco! Nada se sabe, tudo se imagina. Circunda-te de rosas, ama, bebe E cala. O mais é nada.

    Meu pensamento é profundo, ‘Stou só e sonho saudade.

    Pobre velha música! Não sei por que agrado, Enche-se de lágrimas Meu olhar parado. Recordo outro ouvir-te. Não sei se te ouvi Nessa minha infância Que me lembra em ti. Com que ânsia tão raiva Quero aquele outrora! E eu era feliz? Não sei: Fui-o outrora agora.

    As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas.

    O futuro Sei que me espera qualquer coisa Mas não sei que coisa me espera. Como um quarto escuro Que eu temo quando creio que nada temo Mas só o temo, por ele, temo em vão. Não é uma presença: é um frio e um medo. O mistério da morte a mim o liga Ao triste fim do meu poema.

    Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive. (14/2/1933)

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