Antropovinismo: Uma imersão ao mundo do vinho

A relação (condição) indissociável vinho-homem e suas conseqüências ontológicas e históricas. Sabemos que o vinho, como substância, sempre existiu. Onde houvesse vinha e acúmulo de cachos caídos, lá haveria vinho. Não esperou para ser inventado. No entanto, não fosse o homem dar-lhe seus sentidos religioso, sagrado, festivo, medicinal, entorpecente, proibido, iluminador, nobre, fino e outros tantos, o vinho não existiria como hoje o temos. Ao sorver o vinho, temos a história da humanidade se consagrando na experiência sensorial, em que um líquido incomum se nos apresenta como sublime em seu estado (mutante) de nuances aromáticas e palativas. Tal forma de nos abordar, direta e clara, porém, complexa , já nos antecipa que não se trata de uma bebida qualquer, mas matéria da interpretação de centenas de séculos de humanidade. Eles não poderiam estar errados? Pretendo, neste espaço, dividir esta experiência e o conhecimento produzido por ela. Experiência do vinho unicamente humana. Falar de vinho como experiência em que, o homem é seu prefixo ou sufixo. Homem-vinho, Vinho-homem. Antropovinismo!