A poesia do Matheus Torres é contemplativa. Parece uma paisagem que nos faz o seguinte convite:
Vem, sente-se Aqui, observa Agora o teu próprio silêncio, o teu abismo. Sim, assusta, porque é fatal, inevitável. Mas há beleza no inevitável. E por que não ternura?
Por que não, como o Matheus mesmo diz: ?a face serena de deus ao final da amarelinha?? E por que não ?pelo cu a potência divina?? Afinal, a percepção vem assim, através de um momento de graça, ou de caos. E, em ambos os casos, alarga, clareia.
Mas o que fazer com Tudo isto? Exatamente o que o Matheus fez: construir um cais. É de suma importância este lugar. Um lugar para voltar e contar ? no caso do Matheus poeticamente ? da chegada tão próxima ao simesmo, à totalidade, após o mergulho perigoso nas águas profundas do inconsciente. O inconsciente que muitas vezes tem como símbolo o mar, na psicologia, na alquimia, na poesia do Matheus. Logo no início do livro ele nos diz: ?matheus desconfia ser mar enquanto sonha?.
Eu, depois de ler ?Arquitetura do cais?, não tive dúvida, o matheus é mar enquanto sonha. E, enquanto escreve, é potência. Pensar que ele ainda tem apenas 22 anos. Pensar que ele já escreve e nos mostra o ?prenúncio do fim do sono de girassóis?.
Isadora Krieger
Vem, sente-se Aqui, observa Agora o teu próprio silêncio, o teu abismo. Sim, assusta, porque é fatal, inevitável. Mas há beleza no inevitável. E por que não ternura?
Por que não, como o Matheus mesmo diz: ?a face serena de deus ao final da amarelinha?? E por que não ?pelo cu a potência divina?? Afinal, a percepção vem assim, através de um momento de graça, ou de caos. E, em ambos os casos, alarga, clareia.
Mas o que fazer com Tudo isto? Exatamente o que o Matheus fez: construir um cais. É de suma importância este lugar. Um lugar para voltar e contar ? no caso do Matheus poeticamente ? da chegada tão próxima ao simesmo, à totalidade, após o mergulho perigoso nas águas profundas do inconsciente. O inconsciente que muitas vezes tem como símbolo o mar, na psicologia, na alquimia, na poesia do Matheus. Logo no início do livro ele nos diz: ?matheus desconfia ser mar enquanto sonha?.
Eu, depois de ler ?Arquitetura do cais?, não tive dúvida, o matheus é mar enquanto sonha. E, enquanto escreve, é potência. Pensar que ele ainda tem apenas 22 anos. Pensar que ele já escreve e nos mostra o ?prenúncio do fim do sono de girassóis?.
Isadora Krieger