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    As raizes medievais do pensamento moderno (ebook)

    Por Alesandro Guisalberti

    Sobre

    Uma exposição surpreendente num livro surpreendente. Porque esta segunda edição do livro AS RAÍZES MEDIEVAIS DA FILOSOFIA MODERNA apresenta na sua capa uma bela pintura de Raimundo Lúlio pregando a judeus, cristãos e muçulmanos? A pergunta faz sentido, pois no interior da obra o nome do famoso polígrafo catalão do século XIII aparece só uma vez, quando, ao insistir em que a Modernidade tem fortes raízes na filosofia e na cultura da Idade Média, ressalta como ponto principal a "inteligibilidade do mundo".O professor Ghisalberti esclarece admiravelmente dois aspectos dessa inteligibilidade: a predisposição da mente humana para conhecer a realidade tal como ela é, sem alterar suas estruturas constitutivas, e a capacidade do homem para instituir um modelo de saber rigoroso, uma epistemologia forte, que construísse processos argumentativos, demonstrativos e conclusivos que alcançassem a plena evidência científica. Conclui-se assim, diz o professor, que a racionalidade da ciência moderna tem suas raízes na forte paixão pela verdade dos filósofos e cientistas medievais, na sua grande fé na lógica e na investigação metodologicamente correta no plano da pesquisa empírica. Basta lembrar o peso que tiveram, para os mestres da ciência do Renascimento e da revolução científica moderna, a scientia experimentalis de Rogério Bacon, o princípio de verificação empírica, ou navalha de Ockham, e a arte combinatória e a mnemotécnica de Raimundo Lúlio. No último Congresso sobre a Inter-culturalidade que teve lugar em abril de 2011 na cidade de Palma de Maiorca, o professor Ghisalberti explicitou ainda mais este ponto. A paixão pela verdade tem uma instância universal e é patrimônio de todas as culturas, dai a fecundidade do diálogo entre elas. Com efeito, Lúlio não refutou globalmente as teses das doutrinas árabes e judaicas, e reconheceu em Avicena, Averróis e Maimônides o mérito de terem proposto um caminho de conciliação entre um pensamento profundamente não religioso como o de Aristóteles e uma visão teológica, como a muçulmana ou a hebraica, que tinham muitos pontos em comum com o cristianismo. Com Lúlio chegou-se a uma grande valorização da razão sem que isso representasse um obstáculo à concepção teológica.
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