1979. Um líder sindicalista é morto em frente a uma fábrica de um bairro operário. O repórter Beto Moratti começa a investigar o crime. Beto era fotógrafo de casamentos e conseguiu a chance de trabalhar em um ?jornal de verdade?. Por isso, quer mostrar serviço. Beto gosta de ler romances policiais e torna-se perso-nagem de sua própria história. Ele é um ?foca?, um repórter iniciante.
Uma série de coincidências fortuitas o aproxima de resolver o mistério (a polícia trata o caso com a omissão e o desleixo de sempre). Beto teria visto o criminoso nas proximidades da fábrica confabulando com o possível mandante. O provável executor tem uma característica que chama atenção até mesmo de um repórter em início de carreira. O sujeito não tem uma orelha.
Sob esse fio condutor que lembra um romance policial, o autor narra uma história sem heróis. Oprimidos pela Ditadura Militar, os personagens estão atolados em um pântano existencial. A redemocratização do País ainda é um sonho distante.
Pseudo ?roman noir?, a obra discute a contemporaneidade das ligações pessoais em ?estado gelatinoso? (Beto é separado, vive em condições humilhantes na casa dos pais e tem uma relação conflituosa e insolúvel com a ex-mulher), a cidade como personagem opressivo e o papel do jornalista a serviço do poder dominante.
Uma série de coincidências fortuitas o aproxima de resolver o mistério (a polícia trata o caso com a omissão e o desleixo de sempre). Beto teria visto o criminoso nas proximidades da fábrica confabulando com o possível mandante. O provável executor tem uma característica que chama atenção até mesmo de um repórter em início de carreira. O sujeito não tem uma orelha.
Sob esse fio condutor que lembra um romance policial, o autor narra uma história sem heróis. Oprimidos pela Ditadura Militar, os personagens estão atolados em um pântano existencial. A redemocratização do País ainda é um sonho distante.
Pseudo ?roman noir?, a obra discute a contemporaneidade das ligações pessoais em ?estado gelatinoso? (Beto é separado, vive em condições humilhantes na casa dos pais e tem uma relação conflituosa e insolúvel com a ex-mulher), a cidade como personagem opressivo e o papel do jornalista a serviço do poder dominante.