Constelações Familiares: evoluções

Tudo evolui. É comum as pessoas desejarem conhecer um assunto tão intrigante como o das constelações familiares e começarem a busca dele em sites da internet. Isto é a razão pela qual fiz esta publicação em um formato eletrônico. Várias dessas pessoas, mais tarde, se surpreendem quando vão comparar o que encontrarem nas pesquisas com aquilo que vivenciaram na minha forma de trabalhar. Nesse sentindo, a outra razão de escrever sobre o assunto foi desejar mostrar ser possível aproveitar o que existe de melhor na tradição das constelações familiares para aprimorá-lo com uma postura menos diretiva, em uma dependência maior do campo fenomênico singular formado nos trabalhos. Para este livro, pensei nas pessoas que, motivadas em conhecer constelações familiares fazem busca na língua portuguesa brasileira e encontram muito pouco material. Talvez isso se deva ao fato de que as constelações familiares, quando comparadas com outros métodos terapêuticos, é realmente uma novidade. Por isso optei em publicar o material por uma livraria digital com forte presença mundial. A inicial resistência da comunidade científica é bem natural, quanto mais em relação a um método assentado sobre um paradigma científico diverso. Envolta em brumas de incompreensão e associada a práticas esotéricas, não faz muito tempo que a técnica de constelações familiares foi aceita pelo Conselho Federal de Psicologia brasileiro como um método legítimo de psicoterapia. Antes disso, fora do Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, as constelações familiares já configuravam campos de pesquisa legítimos dentro das universidades, onde testadas por meio de métodos experimentais que lhes comprovaram a eficácia. Longe de querer fazer deste material um guia, ele deve ser recebido mais como uma janela que permite visualizar diversas reflexões para aqueles que se aproximam do assunto bem como funcionar como um norte para facilitadores relativamente treinados. Bert Hellinger, o sistematizador das constelações familiares sistêmicas, também evoluiu e, seguindo as suas pegadas, evitei escrever qualquer coisa “na pedra”. Isto é, procurei me manter aberto nas colocações, pouco dogmático, a fim de preservar-me a liberdade de modificar o que agora apresento neste livro. Dessa maneira, anseio por nunca ter que escutar alguém afirmar que eu estaria me contradizendo pois, assim como Hellinger afirma, tudo evolui. Sempre.