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    Cozinhar: uma história natural de transformação

    Por Michael Pollan
    Existem 13 citações disponíveis para Cozinhar: uma história natural de transformação

    Sobre

    Nos dias de hoje, diante de uma vida atribulada, as pessoas pensam cada vez mais em comida, embora dediquem cada vez menos tempo ao preparo de suas refeições. Preocupam-se com a quantidade de calorias ingeridas e com a qualidade dos ingredientes, mas reservam mais horas para assistir aos programas de culinária na TV do que efetivamente passam dentro da cozinha. E enchem a despensa com produtos industrializados supostamente ?saudáveis?.

    Nesse cenário tão contraditório, o escritor Michael Pollan convida o leitor a redescobrir a experiência fascinante de transformar os alimentos. A partir dos quatro elementos da natureza ? fogo, água, ar e terra ?, ele nos mostra o calor ancestral do churrasco, o caldo perfumado dos assados de panela, a leveza dos pães integrais e a magia da fermentação de um chucrute. Ao relatar suas experiências pessoais com os processos de preparação da comida, Pollan mergulha numa história tão antiga quanto a da própria humanidade e propõe uma redescoberta de sabores e valores esquecidos.

    Cozinhar é, ao mesmo tempo, investigação científica e narrativa pessoal, guia pragmático sobre o preparo de alimentos e reflexão filosófica sobre a transformação da natureza. Partindo do trabalho de filósofos e antropólogos, Pollan ressalta que o ato de cozinhar é um dos fatores que definem a espécie humana. Ao aprender a usar o fogo para preparar alimentos, nossos ancestrais abriram caminho para o desenvolvimento da civilização. E ele alerta: precisamos reconquistar o território da cozinha. Com isso, reforçamos vínculos comunitários e familiares e, ao mesmo tempo, damos um passo importante para tornar nosso sistema alimentar mais saudável e sustentável.

    O autor é um dos principais convidados e presença confirmada para a 12ª edição da Flip, em 2014.

    Famoso ativista na área da alimentação, Michael Pollan foi apontado pela revista Time como uma das cem pessoas mais influentes do mundo em 2010.

    O livro inclui quatro receitas básicas, cada uma baseada numa das quatro transformações analisadas por Pollan no livro.

    ?As oito palavras mais famosas do movimento pela boa alimentação são: ?Coma comida. Não muito. Principalmente de origem vegetal.? Elas foram escritas, claro, por Michael Pollan. Agora, ele acrescenta mais duas a seu lema: ?Vá cozinhar.??The New York Times

    ?Pollan não é apenas um historiador e um profeta da comida; é também um cozinheiro de mão cheia.?Financial Times

    ?Cozinhar é um livro de revelações para o animal humano faminto de hoje. Deixe-se transformar por ele.?The Telegraph

    ?Um dia, este livro inovador vai entrar para a bibliografia básica de disciplinas universitárias como economia, história, filosofia, antropologia e diversos outros campos das ciências humanas e da saúde.?The Guardian

    ?Michael Pollan é incomparável ao reunir incontáveis movimentos, filosofias e pesquisas sobre alimentação e tecer uma narrativa envolvente com uma mensagem esclarecedora.?The Washington Post

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    Citações de Cozinhar: uma história natural de transformação

    A especialização oculta de modo eficiente o nosso envolvimento em tudo o que é feito em nosso benefício por outros especialistas desconhecidos do outro lado do mundo.

    A refeição compartilhada não é algo insignificante. Trata-se de um dos fundamentos da vida em família, o lugar onde as crianças aprendem a arte da conversação e adquirem os hábitos que caracterizam a civilização: repartir, ouvir, ceder a vez, administrar diferenças, discutir sem ofender.

    O ato de cozinhar tem o poder de transformar mais do que plantas e animais: ele também nos transforma, de meros consumidores em produtores.

    Cozinhar, na realidade, assumiu parte do trabalho de mastigar e digerir, que passou a ser realizado fora do nosso corpo, valendo-se de fontes de energia exteriores.

    E é bem possível que, no decorrer de mais uma geração, preparar uma refeição do zero venha a ser algo tão exótico e ambicioso — algo tão “extremo” — quanto produzir uma cerveja, assar um pão ou fazer chucrute pode parecer hoje. Quando isso acontecer — quando já não dispusermos de nenhum conhecimento pessoal direto sobre como essas criações maravilhosas são feitas —, a comida ficará abstraída de seus vários contextos: do trabalho das mãos humanas, do mundo natural das plantas e animais, da imaginação, da cultura e da comunidade. E de fato a comida já está a caminho de se transformar nesse éter da abstração, em vias de se tornar mero combustível ou pura imagem.

    Existe atividade menos egoísta, trabalho menos alienado, tempo menos desperdiçado do que aquele gasto preparando algo delicioso e nutritivo para quem você ama?

    Mas panelas de barro são os utensílios mais delicados que existem para se cozinhar e os mais capazes de conservar tanto o calor como a memória: muitos cozinheiros alegam que, ao longo do tempo, sua argila acaba se deixando impregnar pelo conjunto de sabores que por ali passaram, aprimorando o gosto do que estiver sendo cozido nelas. Vasilhas

    qualquer que seja o nosso destino, precisamos picar muita coisa até chegar lá.

    Comparado a Brillat-Savarin, o barão Rumohr tem os pés bem firmes no chão, ou melhor, no piso de uma cozinha doméstica do nosso dia a dia, um local em que a água exige tanto respeito quanto o fogo. Na realidade, a água está incluída na sua definição do que vem a ser cozinhar: “Desenvolver com ajuda do calor, da água e do sal as qualidades nutritivas, revigorantes e prazerosas das substâncias naturais adequadas à alimentação ou ao fortalecimento da humanidade.”

    De fato, a ideia de que a comida possa ter algum vínculo com a natureza, com o trabalho humano ou com a imaginação não é nada óbvia quando ela chega inteira dentro de uma embalagem. Os alimentos se tornam apenas mais uma mercadoria, uma abstração. E, assim que isso acontece, viramos presas fáceis para corporações que vendem versões sintéticas da coisa verdadeira — o que chamo de substâncias comestíveis semelhantes a alimentos. Acabamos tentando nos nutrir de imagens.

    Cozinhar — seja qual for sua modalidade, cotidiana ou exótica — nos situa num lugar muito particular, em que encaramos de um lado o mundo natural e de outro o social. O cozinheiro se encontra justamente entre a natureza e a cultura, conduzindo um processo de tradução e negociação. Tanto a natureza como a cultura são transformadas pelo trabalho. E ao longo desse processo vi que o mesmo ocorre com o cozinheiro.

    Os únicos palcos de qualquer ação realmente relevante eram o local de trabalho ou a praça pública. No entanto, isso foi antes de a crise ambiental ganhar visibilidade, e antes que a industrialização da rotina alimentar gerasse uma crise na nossa saúde. Mudar o mundo sempre exigirá ação e participação na esfera pública, mas na época atual apenas isso não será mais suficiente. Também precisaremos mudar a maneira como vivemos. O que isso significa é que os locais onde interagimos com a natureza — cozinhas, jardins, casas, carros — terão importância para o destino do mundo de um modo como nunca ocorreu antes.

    Duvido que seja mera coincidência que o interesse por todo tipo de atividade “faça você mesmo” tenha se intensificado no exato momento histórico em que gastamos a maior parte das horas de vigília diante de telas — algo sem sentido, ou quase isso. Numa época em que quatro de nossos cinco sentidos e todo o lado direito de nossos cérebros provavelmente se sentem subutilizados, esses projetos oferecem o melhor tipo de descanso. Eles são antídotos para a nossa abstração.

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