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    Descripäào de algumas especies novas ou pouco conhecidas de crustaceos e arachnidios de Portugal e possessñes

    Por Felix Antonio de Brito Capello

    Sobre

    {5}Ç agradavel e nào commum esboäar alguns traäos da vida de um varào benemerito, cujos antepassados, praticando obscuramente o bem, nos nào intimam o dever de lhes attribuir ou inventar proezas civicas. Em tempos nào remotos, quando era costume inculcar ou explicar, pelo decoro da stirpe, virtudes ou heroismos, raro biographo se sahia limpa e airosamente de ao pæ do beräo humilde do seu heroe. Ç vçr o empenho pouco menos de lastimavel dos que inventaram avïs fidalgos a Joào Pinto Ribeiro, como se o explendor de seu patriotismo fosse demasiado para um sï homem, e devçsse, em vez de ir adiante afidalgar vindouros, retroceder aos passados, e lustrar-lhes as sepulturas em galardào posthumo! Donosa e bizarra fidalguia æ uma que nos faz sentir que o æ, por que ha{6} ahi natural fronteira entre bom e mÞo: æ a que vçmos gerar-se, florir e fructear sem inculcadas e vans precedencias; æ a que assignala os homens prestantes, allumiando-os de luz sua, a fim de que a posteridade os extreme da sombra, se os contemporaneos nào poderam ou nào quizeram aquilatal-os desassombradamente. Homens d'este vulto, per si mesmos nobilitados, nào se procuram no beräo: æ em meio de nïs, æ desde o momento que os vimos receber da gratidào publica os titulos de sua nobreza.{7} O snr. D. Antonio Alves Martins, doutor na faculdade de theologia, bispo de Vizeu, par do reino e ministro de estado honorario, nasceu na Granja de Alijï, provincia de Traz-os-montes, aos 18 de fevereiro de 1808. Modesta abundancia e laboriosa probidade?excellencias congeneres da profissào agricultora?honravam e felicitavam a familia de que procede o snr. bispo de Vizeu. Dado que a sua iniciaäào a estudos superiores nào levasse o intento posto em determinado destino, motivos, em que talvez seria grande parte a obediencia, moveram o moäo de deseseis annos a entrar na Terceira Ordem de S. Francisco, chamada da Penitencia, cuja casa capitular era em Lisboa. Nào æ jÞ hoje em dia mui vulgar a noticia da illustraäào em que primacialmente se avantajava{8} aquella corporaäào religiosa, cujos serviäos litterarios e evangelicos ahi estào consignados nas Memorias historicas do arcebispo Cenaculo e nos variados escriptos de fr. Vicente Salgado. Nenhuma ordem, digamo'l-o assim, acabou com mais brilhantes fins de existencia gloriosa, atravez de quatro seculos. Ali principalmente se ensinaram a diplomatica e as linguas orientaes; d'ali sahiram abalisados mestres de grego e hebraico, arabe e syriaco
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