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    Deus e o Estado

    Deus e o Estado

    Por Mikhail Bakunin
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    Citações de Deus e o Estado

    Enquanto a instituição Estado existir, acreditava, ela recriará as bases sobre as quais se assenta, buscando restabelecer a desigualdade econômica.

    Numa palavra, rejeitamos toda legislação, toda autoridade e toda influência privilegiada, titulada, oficial e legal, mesmo emanada do sufrágio universal, convencido de que ela só poderia existir em proveito de uma minoria dominante e exploradora, contra os interesses da imensa maioria subjugada.
    Eis o sentido no qual somos realmente anarquistas.

    Três elementos ou três princípios fundamentais constituem, na história, as condições essenciais de todo desenvolvimento humano, coletivo ou individual: 10) a animalidade humana; 2°) o pensamento; 3°) a revolta. A primeira corresponde propriamente a economia social e privada; à segunda, a ciência; à terceira, a liberdade.

    O povo, infelizmente, é ainda muito ignorante
    e mantido na ignorãncia pelos esforços sistemáticos de todos os governos que consideram isso, com muita razão, como uma das condições essenciais de seu próprio poder. Esmagado por seu trabalho quotidiano, privado de lazer, de comércio intelectual, de leitura, enfim, de quase todos os meios e de uma boa parte dos estímulos que desenvolvem a reflexão nos homens, o povo aceita, na maioria das vezes, sem crítica e em bloco, as tradições religiosas.

    Mas eis que chega Satã, o eterno revoltado, o primeiro livre-pensador e o emancipador dos mundos! Ele faz o homem se envergonhar de sua ignorãncia e de sua obediência bestiais; ele o emancipa, imprime em sua fronte a marca da liberdade e da humanidade, levando-o a desobedecer e a provar do fruto da ciência.

    O homem se emancipou, separou-se da animalidade e se constituiu homem; ele começou sua história e seu desenvolvimento especificamente humano por um ato de desobediência e de ciência, isto é, pela revolta e pelo pensamento.

    Sim, os fatos têm primazia sobre as idéias; sim, o ideal, como disse Proudhon, nada mais é do que uma flor, cujas condições materiais de existência constituem a raiz. Sim, toda a história intelectual e moral, política e social da humanidade é um reflexo de sua história económica.

    Ele partiu da escravidão animal, e atravessando a escravidão divina, termo transitório entre sua animalidade e sua humanidade, caminha hoje rumo à conquista e à realização da liberdade humana.

    Mas eis que chega Satã, o eterno revoltado, o primeiro livre-pensador e o emancipador dos mundos! Ele faz o homem se envergonhar de sua ignorãncia e de sua obediência bestiais; ele o emancipa, imprime em sua fronte a marca da liberdade e da humanidade, levando-o a desobedecer e a provar do fruto da ciência.

    À medida que, em sua marcha histórica progressiva, eles descobriam, seja neles próprios, seja na natureza exterior, uma força, uma qualidade, ou mesmo grande defeito quaisquer, eles os atribuíam a seus deuses após tê-los exagerado, ampliadodesmedidamente, como fazem habitualmente as crianças, por um ato de sua fantasia religiosa. Graças a esta modéstia e a esta piedosa generosidade dos homens, crentes e crédulos, o céu se enriqueceu com os despojos da terra, e, por conseqüência necessária, quanto mais o céu se tornava rico, mais a humanidade e a terra se tornavam miseráveis. Uma vez instalada a divindade, ela foi naturalmente proclamada a causa, a razão, o árbitro e o distribuidor absoluto de todas as coisas: o mundo não foi mais nada, ela foi tudo; e o homem, seu verdadeiro criador, após tê-la tirado do nada sem o saber, ajoelhou-se diante dela, adorou-a e se proclamou sua criatura e seu escravo.

    O cristianismo é precisamente a religião por excelência, porque ele expõe e manifesta, em sua plenitude, a natureza, a própria essência de todo o sistema religioso, que é empobrecimento, a escravização e o aniquilamento da humanidade em proveito da divindade.

    Sim, nossos primeiros ancestrais, nossos Adão e Eva foram, senão gorilas, pelo menos primos muito próximos dos gorilas, dos onívoros, dos animais inteligentes e ferozes, dotados, em grau maior do que o dos animais de todas as outras espécies, de duas faculdades preciosas: a faculdade de pensar e a necessidade de se revoltar.

    Três elementos ou três princípios fundamentais constituem, na história, as condições essenciais de todo desenvolvimento humano, coletivo ou individual: 10) a animalidade humana; 2°) o pensamento; 3°) a revolta. A primeira corresponde propriamente a economia social e privada; à segunda, a ciência; à terceira, a liberdade.

    O maior gênio científico, no momento em que se torna acadêmico, um sábio oficial, reconhecido, decai inevitavelmente e adormece. Perde sua espontaneidade, sua ousadia revolucionária, e a energia incómoda e selvagem que caracteriza a natureza dos maiores gênios, sempre chamada a destruir os mundos envelhecidos e a lançar os fundamentos dos novos mundos.

    “Se Deus não existisse seria preciso inventá-lo”.

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