We love eBooks

    Do vinil ao download

    Por André Midani
    Existem 7 citações disponíveis para Do vinil ao download

    Sobre

    LIVRO QUE DEU ORIGEM AO PROGRAMA DO GNT Midani foi fundamental para que não acontecesse com a MPB o mesmo que se passou com o cinema brasileiro, eterno artesanato acachapado pelo grande cinema internacional. Graças à sua sensibilidade, pude ouvir Lulu, Rita Lee e os Titãs em pé de igualdade com os Rods, os Micks e afins. Fernanda Torres ? Atriz Do vinil ao download não é só uma autobiografia, nem apenas o testemunho de histórias reveladoras do meio musical. É também uma reflexão sobre os modos de produção, veiculação e comercialização de música popular, e sobre as suas transformações, do 78 rotações ao long-play, do vinil ao CD, do CD ao MP3. Arnaldo Antunes ? Músico e poeta Comecei a entender que o que o cantor e sua música diziam não era tão importante quanto a maneira como o diziam, e como o que diziam dependia da genuinidade do sentimento que vinha do fundo da alma. Esta frase de André Midani explica o tipo de talento que fez dele um homem tão importante para a MPB. Susana Moraes - Cineasta Ler a autobiografia de um amigo é vagamente indiscreto; é como se estivéssemos espionando seu diário íntimo. A vida de André Midani é extraordinária. Ele é muito mais importante do que se mostra para os amigos e muito mais extravagante do que conta para os leitores. Gloria Kalil - Jornalista, consultora de moda e escritora É fascinante a história do homem que desembarcou no Brasil como uma das forças a construir a Música Popular Brasileira de dois lados: o do artista e o da indústria. Não teria sido tão bem-sucedido se não dominasse tanto a arte quanto o negócio. Thomaz Souto Corrêa - Vice-presidente do Conselho Editorial do Grupo Abril Se não existisse, André Midani não poderia ser inventado. Seria inverossímil demais. Sua vida é feita de acasos improváveis. Vocês conhecem alguém que se encontrava na Normandia em 1945, durante o desembarque das tropas aliadas no famoso Dia D, Pois André estava lá, como muito depois estava no Rio ajudando a criar a Bossa Nova. Ou mais tarde nos Estados Unidos, como um dos mais poderosos executivos da Time Warner. Tinha razão aquela policial mexicana quando examinou os documentos dele: Uma pessoa nascida na Síria, com passaporte brasileiro, que mora em Nova York, que vem de Medellín e passa pelo México, que diz trabalhar com música e que fala espanhol com sotaque francês... não pode ser uma pessoa confiável! Glauber Rocha também não se conformava. Chegou a escrever um artigo cujo título dizia tudo: André Midani, o agente da CIA. Para o hiperbólico cineasta, aquele gringo que comandava a produção musical no Brasil só podia ser um elemento do imperialismo americano infiltrado no nosso showbiz. Fazia sentido, porque o suspeito estava realizando uma revolução na nossa indústria do disco. A gravadora que ele dirigia aqui havia tomado conta do mercado. Por outro lado, a ditadura mantinha sob vigilância esse possível agente de Moscou no caso, com motivos. André ousou reunir o que para os militares não passava de um elenco de subversivos: Caetano, Gil, Chico, Raul Seixas, Nara, Elis, entre outros. Pior: quando alguns desses elementos perigosos foram obrigados a deixar o país, Midani desafiou a repressão e os manteve empregados e produzindo no exílio. Do vinil ao download é uma espécie de Google da MPB moderna. Acesse Midani e vêm junto Tom, Vinicius, João Gilberto, Donato, o que há de melhor, com histórias saborosas. Como a do dirigente de uma companhia que jogou no chão o disco que André insistia para que ele gravasse. Isso é música de veado!, xingou. O disco se chamava Chega de saudade. A policial mexicana errou por pouco. André era confiável. Só não era provável. Zuenir Ventura
    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Citações de Do vinil ao download

    Divido tudo na minha vida. Divido comida, divido cama, divido meus amigos. Só não divido o palco.

    Quando o público carregava um sentimento similar, identificava-se com o cantor através do inconsciente coletivo.

    O disco Araçá azul66 foi um retumbante fracasso: quatrocentas mil cópias colocadas nas lojas e quatrocentos mil discos espetacularmente devolvidos. O maior fracasso de vendas na história da discografia brasileira. Três anos mais tarde, Caetano lançaria Jóia67, com enorme êxito.

    Cada vez ficava mais premonitória a longa e emocionada carta que o meu tão querido amigo Fito Paez82 me enviara tempos antes, e que finalizava mais ou menos assim: “Cuidado! A música inventou o negócio do disco. André, não deixe o negócio do disco matar a música!”

    o que o cantor e sua música diziam não era tão importante quanto a maneira como o diziam, e como o que diziam dependia da genuinidade do sentimento que vinha do fundo da alma.

    Para coroar aquele mundo mágico, quando se perguntava a alguém sobre sua ocupação, a resposta se referia ao hobby, não ao trabalho. O jazz ou a música clássica, a pintura, o teatro amador e a astronomia eram práticas da maior parte das pessoas de qualquer idade. Viver era preciso, e viver de modo inteligente, aperfeiçoando a cultura, era a finalidade da existência.

    Meu encontro com a Suécia foi um choque cultural. As pessoas trabalhavam 35 horas semanais durante o inverno, trinta durante o verão e administravam, elas mesmas, as horas diárias de trabalho. A diferença entre o maior e o menor salário era de um para cinco. Médicos e hospitais eram grátis, assim como escolas e universidades. Não havia praticamente ninguém nas prisões. Não tinha pobreza.

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções