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    Doze anos de escravidão

    Por NORTHUP, SOLOMON
    Existem 13 citações disponíveis para Doze anos de escravidão

    Sobre

    Companhia das Letras lança o livro que deu origem ao filme estrelado por Brad Pitt, Doze anos de escravidão, vencedor do Oscar de melhor filme.


    A extraordinária história do violinista Solomon Northup, um negro livre que foi sequestrado e vendido como escravo. Por doze anos ele trabalhou nos campos de algodão na Louisiana até ser libertado em uma batalha judicial.


    Considerada a melhor narrativa já escrita sobre um dos períodos mais nebulosos da história americana, Doze anos de escravidão narra a história real de Solomon Northup, um negro livre que, atraído por uma falsa promessa de trabalho, foi sequestrado, drogado e vendido como escravo. Durante os doze anos que se seguiram, ele trabalhou em uma plantação de algodão na Louisiana.
    Depois de liberto, Northup publicou o relato contundente de sua história, que se tornou um best-seller imediato. Hoje, 160 anos após a primeira edição, Doze anos de escravidão é reconhecido como uma narrativa de qualidades excepcionais. Para a crítica, o caráter especial do livro deve-se ao fato de o autor ter sido um homem culto que viveu duas vidas opostas, primeiro como cidadão livre e depois como escravo.


    Assista ao trailer: http://youtu.be/BsK2uotLReU


    ''O livro nos encantou: a dimensão épica, o detalhamento, a aventura, o horror, a humanidade. Lia-se como um roteiro de cinema, pronto para ser filmado. Eu não podia acreditar que nunca ouvira falar nele. Pareceu-me tão importante quanto O diário de Anne Frank, só que publicado quase cem anos antes.?

    Steve McQueen, diretor do filme ?12 anos de escravidão?


    ?12 anos[...], dirigido pelo britânico Steve McQueen (Shame), é o melhor filme de Hollywood, e o mais necessário, em muitos anos.?

    Folha de S.Paulo
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    Citações de Doze anos de escravidão

    A vida é cara a qualquer coisa viva; o verme rastejante lutará por ela.

    As vozes de representantes patrióticos enchendo a boca para falar de liberdade e igualdade e o clangor das correntes dos pobres escravos quase que se mesclavam.

    Pode haver senhores humanos, como certamente há desumanos — há escravos bem vestidos, bem alimentados e felizes, assim como certamente há os esfarrapados, subnutridos e infelizes; porém, a instituição que tolera maldades e desumanidades como as que testemunhei é cruel, injusta e bárbara.

    A influência do sistema iníquo necessariamente forja um espírito insensível e cruel, até mesmo no peito daqueles que, entre seus iguais, são vistos como humanos e generosos.

    Dessa vez estava desfigurada e com olhos fundos devido à doença e à tristeza. Seria um alívio se eu pudesse passar sem relatar a cena que se seguiu. Traz à mente lembranças mais tristes e aflitivas que qualquer língua pode expressar. Eu já vira mães beijando pela última vez o rosto do filho morto; já as vira olhando para baixo na direção da cova enquanto a terra caía com um baque surdo sobre seu caixão, escondendo-o de seus olhos para sempre; mas nunca havia eu visto a demonstração de uma tristeza tão intensa, desmedida e desenfreada como quando Eliza foi separada da filha.

    Não é culpa do proprietário de escravos se ele é cruel; antes, é culpa do sistema no qual ele vive. Ele não consegue se opor à influência do hábito e das relações que o cercam. Ensinado desde a mais tenra idade por tudo o que vê e ouve que a vara foi feita para as costas do escravo, na idade madura não consegue mudar de opinião.

    é culpa do proprietário de escravos se ele é cruel; antes, é culpa do sistema no qual ele vive. Ele não consegue se opor à influência do hábito e das relações que o cercam. Ensinado desde a mais tenra idade por tudo o que vê e ouve que a vara foi feita para as costas do escravo, na idade madura não consegue mudar de opinião. Pode haver senhores humanos, como certamente há desumanos — há escravos bem vestidos, bem alimentados e felizes, assim como certamente há os esfarrapados, subnutridos e infelizes; porém, a instituição que tolera maldades e desumanidades como

    existência entre eles da Escravidão em sua forma mais cruel tem a tendência de brutalizar os melhores sentimentos de sua natureza. Testemunhas

    O Senhor, que me destes a vida, e implantastes em meu coração o amor pela vida, que o enchestes de emoções como outros homens, vossas criaturas, o encheram, não me abandoneis. Tende piedade do pobre escravo — não me deixeis perecer. Se vós não me protegerdes, estou perdido — perdido!

    homens podem escrever ficção retratando a vida dos de baixo como ela é, ou como ela não é — podem dissertar com a gravidade de uma coruja sobre as delícias da ignorância —, discorrer de forma desenvolta de uma confortável poltrona sobre os prazeres da vida de escravo; mas deixe-os labutar com o escravo no campo — dormir com ele na cabana —, alimentar-se com ele de cascas; deixem-nos vê-lo ser açoitado, caçado, pisoteado, e eles voltarão com outra história para contar. Deixe-os conhecer o coração do pobre escravo — descobrir seus pensamentos secretos — pensamentos que não ousa pronunciar perto do homem branco; deixem-nos sentar com ele nas horas caladas da noite — conversar com ele em honesta confidência, sobre “a vida, a liberdade

    Falava de si mesmo num tom um tanto quanto lamentoso, como um homem solitário, um peregrino no mundo — que estava ficando velho e que não tardaria a chegar ao fim de sua jornada na Terra e deitar em seu descanso final sem amigos ou parentes para chorá-lo, ou para se lembrar dele — que sua vida pouco valor tinha

    “Claro que sim; a lei diz que você tem o direito de possuir um negro, mas, a lei que me desculpe, ela mente. Sim, Epps, quando a lei diz isso, ela está mentindo, e a verdade não está nela. Tudo o que a lei permite é certo? Digamos que criem uma lei tirando a sua liberdade e fazendo de você um escravo.”

    Enganam-se aqueles que dizem que o escravo ignorante e sem estudo não tem ideia da magnitude das injustiças a que é submetido. Enganam-se aqueles que imaginam que, ajoelhado, ele se põe de pé com as costas laceradas e sangrando, cultivando apenas o espírito de submissão e de perdão. Um dia pode vir — virá, se sua prece for ouvida —, um dia terrível de vingança, quando será a vez de o senhor gritar em vão por misericórdia.

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