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    Em defesa da comida

    Por Michael Pollan
    Existem 14 citações disponíveis para Em defesa da comida Baixar eBook Link atualizado em 2017
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    Citações de Em defesa da comida

    EVITE PRODUTOS QUE CONTENHAM ALEGAÇÕES QUANTO A BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE.

    em vez de nos preocuparmos com os nutrientes, deveríamos simplesmente evitar qualquer alimento que tenha sido processado a ponto de ser mais o produto da indústria que da natureza.

    EVITE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS QUE CONTENHAM INGREDIENTES: A) DESCONHECIDOS, B) IMPRONUNCIÁVEIS, C) QUE PASSEM DE CINCO OU QUE INCLUAM D) XAROPE DE MILHO COM ALTO TEOR DE FRUTOSE.

    Comida também tem a ver com prazer, comunidade, família e espiritualidade, com a nossa relação com o mundo natural e com a expressão da nossa identidade.

    qualquer lugar onde se abrisse mão da alimentação tradicional em prol da dieta ocidental logo aparecia uma série previsível de doenças ocidentais, incluindo obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Esses observadores chamaram tais distúrbios de doenças ocidentais, e embora os mecanismos causais precisos fossem (e continuem) incertos, não tinham dúvidas de que essas doenças crônicas apresentavam uma etiologia comum: a dieta ocidental. Ademais, as dietas tradicionais que os novos alimentos ocidentais desalojaram eram muito diferentes: várias populações mantinham dietas que chamaríamos de muito gordurosas, pouco gordurosas ou com excesso de carboidrato, compostas só de carnes ou só de vegetais; de fato, já houve dietas tradicionais baseadas em quase qualquer tipo de alimento puro que se possa imaginar. O que isso sugere é que o animal humano está bem adaptado a muitas dietas diferentes. A dieta ocidental, porém, não é uma delas. Eis então um fato simples mas crucial sobre dieta e saúde, porém, curiosamente, um fato que o nutricionismo não enxerga, provavelmente porque tenha se desenvolvido com a industrialização de nossa comida e, assim, a considere natural. O nutricionismo prefere ficar mexendo na dieta ocidental, ajustando os vários nutrientes (diminuindo a gordura, aumentando as proteínas) e enriquecendo alimentos processados a, antes de tudo, questionar seu valor. O nutricionismo é, em certo sentido, a ideologia oficial da dieta ocidental e, assim, não se pode esperar que vá questioná-la de forma efetiva.

    Uma dieta baseada antes na quantidade do que na qualidade introduziu uma nova criatura no cenário mundial: o ser humano que consegue ser, ao mesmo tempo, superalimentado e subnutrido,

    A ciência tem muito de valioso a nos ensinar sobre comida, e talvez algum dia os cientistas “solucionem” o problema da dieta, criando a refeição nutricionalmente ideal em uma pílula, mas, por ora, e pelo futuro previsível, deixar os cientistas decidirem o cardápio seria um erro. Eles não sabem o suficiente. Você pode muito bem, e com razão,

    O nutricionismo prefere ficar mexendo na dieta ocidental, ajustando os vários nutrientes (diminuindo a gordura, aumentando as proteínas) e enriquecendo alimentos processados a, antes de tudo, questionar seu valor. O nutricionismo é, em certo sentido, a ideologia oficial da dieta ocidental e, assim, não se pode esperar que vá questioná-la de forma efetiva.

    A sacarose é a exceção que comprova a regra. Só o poder do lobby do açúcar em Washington pode explicar o fato de que as recomendações oficiais dos Estados Unidos para o nível máximo permitido de açúcares livres na dieta sejam surpreendentemente 25% das calorias diárias. Para ter uma ideia de como isso é permissivo, a Organização Mundial da Saúde recomenda que não mais de 10% das calorias diárias venham de açúcares suplementares, uma referência que o lobby americano do açúcar trabalha furiosamente para derrubar. Em 2004, apelou para o Departamento de Estado do governo Bush numa campanha para modificar a recomendação e ameaçou fazer lobby no Congresso para cortar subsídios à OMS se esta não se retratasse. Talvez devêssemos levantar as mãos para o céu pelo fato de os interesses das gorduras saturadas ainda não terem organizado um lobby desse tipo.

    1 Ortorexia – do grego orto (direito e correto) + orexe (apetite) + ia = apetite correto.

    Price achava que a qualidade do solo era fundamental para a saúde, e em 1932 publicou um artigo intitulado “Novo ponto de vista sobre algumas relações entre deficiências minerais do solo, alimentos pobres em vitamina e algumas doenças degenerativas”.

    Onde antes os nomes familiares de comestíveis reconhecíveis — coisas como ovos, cereais matinais ou salgadinhos — sustentavam a posição mais importante nos pacotes coloridos que abarrotavam os corredores, termos novos de ressonância científica como “colesterol”, “fibra” e “gordura saturada” começaram a vir estampados em destaque. Mais importante do que simples alimentos, achava-se que a presença ou a ausência dessas substâncias invisíveis conferia benefícios à saúde de quem os consumia.

    “Types of Dietary Fat and Risk of Coronary Heart Disease: a Critical-Review” [Tipos

    “Relationship Between Funding Source and Conclusion among Nutrition-Related Scientific Articles”, de L. I. Lesser, C. B. Ebbeling, M. Goozner, D. Wypij e D. S. Ludwig, PLoS Medicine, vol. 4, nº I, e 5 doi: 10.1371/journal.pmed.0040005.

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