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    Escravidão Negra no Grão-Pará: Séculos XVII – XIX

    Por José Maia Bezerra Neto

    Sobre

    Neste livro, irá o leitor deparar-se com alguns pontos de vista inovadores. Seu autor destacou a ação escrava e dos negros e mestiços da Amazônia e do Pará como específica e, simultaneamente, fundamental para a compreensão mais geral das relações sociais da escravidão no Brasil. Partindo da ideia de que a presença africana, embora tardia, foi essencial em alguns pontos centrais do antigo Estado do Grão-Pará e Maranhão, Bezerra Neto relativizou a questão numérica do diminuto volume absoluto de negros transpostos para a Amazônia nos séculos XVIII e XIX. Concentrada em algumas regiões amazônicas, a escravidão criou pela redondeza ares muito específicos. Assim, se nas antigas zonas escravistas a continuidade e o aumento do tráfico atlântico foi condição essencial ao bom funcionamento da ordem e da manutenção da escravidão, na Amazônia inauguraram-se outras formas de sustento desta ordem. Nascia uma escravidão que, desde a época pombalina, caracterizou-se por ser mais crioula, miscigenada e pautada por um tipo de paternalismo muito mais próprio a outras zonas como o sul dos EUA do que ao Brasil. Ainda nas primeiras décadas do século XIX, ganharam relevância questões como o tráfico interprovincial e a junção do trabalho escravo africano com o de indígenas e homens livres pobres de diversas etnias. Na Amazônia, também surgiu mais precocemente uma sociedade multicultural e miscigenada, que se tornou a característica essencial da sociedade brasileira do pós-1888. Desta forma, o estudo de Bezerra Neto liga-se ao que de mais novo vem sendo produzido sobre as relações sociais da escravidão no Brasil, a saber, estudos que demonstram a diversidade e a multiplicidade de organização do trabalho e de práticas sociais e culturais no mundo da escravidão.
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