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    Essencial Celso Furtado

    Por Celso Furtado
    Existem 5 citações disponíveis para Essencial Celso Furtado

    Sobre

    Até seu último texto, escrito duas semanas antes de morrer, o economista Celso Furtado viveu seis décadas de produção constante, que abrangeu um amplíssimo leque de reflexões. À problemática do subdesenvolvimento que esteve no centro de suas preocupações na Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), acrescentou, ao assumir funções de governo a partir de 1958, a questão regional nordestina e o planejamento. Em seguida, os anos do exílio foram os mais fecundos de sua produção acadêmica. Suas tarefas universitárias juntam-se ao desafio de entender os rumos do Brasil e de uma conjuntura mundial em plena mutação. A moldura conceitual se expande em direção às outras ciências sociais, à cultura e à filosofia. O retorno ao Brasil, depois da anistia, dá origem a trabalhos de política econômica, alguns muito combativos. Depois desse momento conturbado, Furtado aceita desfrutar de certo repouso para se dedicar a uma escrita mais amena, suas memórias.


    A partir desses múltiplos interesses, o propósito da antologia é destacar quatro linhas essenciais no pensamento do grande economista. O eixo ?Trajetórias? reúne textos de cunho autobiográfico. O núcleo mais relevante de sua obra é, evidentemente, o ?Pensamento econômico?, subdividido no Essencial em teoria e história, cobrindo um período que vai de 1961 a 1994. A problemática do subdesenvolvimento é seu fulcro. De seu livro mais conhecido, Formação econômica do Brasil, marcadamente de história econômica, se inclui o capítulo ?Os mecanismos de defesa e a crise de 1929?. A esse núcleo se seguem ?Pensamento político? e, por fim, o tema da cultura, que fecha o volume, e tem um lugar destacado no pensamento de Celso Furtado, preocupado a partir de meados dos anos 1970 com a dimensão cultural do desenvolvimento, ou melhor, o elo explícito entre cultura e desenvolvimento.

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    Citações de Essencial Celso Furtado

    A evolução da sociedade capitalista compreende, portanto, duas fases perfeitamente definidas. A

    a resultante foi quase sempre a criação de estruturas híbridas, uma parte das quais tendia a comportar-se como um sistema capitalista, a outra, a manter-se dentro da estrutura preexistente. Esse tipo de economia dualista constitui, especificamente, o fenômeno do subdesenvolvimento contemporâneo.

    Responder a essas questões é formular uma teoria do excedente social.

    A subordinação da inventividade técnica ao objetivo de reprodução de uma estrutura social fortemente inigualitária e de nível elevado de acumulação constitui a causa de alguns dos aspectos mais paradoxais da civilização contemporânea.

    A causa das dificuldades subsequentes não esteve propriamente no protecionismo, o qual sempre seria necessário numa primeira fase da industrialização, e sim na falta de uma política ativa de exportações, o que requeria o abandono da atitude passiva nesse setor, característica das economias primário-exportadoras.

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