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    Felicidade crônica

    Por Martha Medeiros
    Existem 13 citações disponíveis para Felicidade crônica

    Sobre



    Não sei se você percebeu, mas viver é nossa única opção real. Antes de nascermos, era o nada. Depois, virá mais uma infinidade de nada. Essa merrequinha de tempo entre dois nadas é um presentaço. Não seja maluco de desperdiçar. [...] Não é preciso chegar num momento-limite para se dar conta disso. O enfrentamento das pequenas mortes que nos acontecem em vida já é o empurrão necessário. Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir.
    Trecho da crônica ?Antes de partir?


    Os 20 anos de cronista de Martha Medeiros estão pontuados por questionamentos acerca da natureza da felicidade. Por lembretes para que busquemos a felicidade sempre, em todos os momentos. Por constatações de que a felicidade, muitas vezes, chega de mansinho e é preciso um olhar treinado para avistá-la.

    Neste volume, o leitor encontrará os melhores textos da autora sobre os temas sem os quais uma existência feliz não se dá: Curtir a vida, Amor-próprio, Família e outros afetos e Viagens e andanças..
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    Citações de Felicidade crônica

    Se não me engano foi Freud quem disse que, assim como um prudente homem de negócios não coloca todo seu capital num único investimento, não se deve esperar toda a satisfação de uma única fonte. Os riscos são altíssimos.

    Aceitando que a valorização do banal é a única atitude que nos salva da frustração.

    “não importa o que fizeram com você, importa é o que você fez do que fizeram com você”.

    No meio, a gente descobre que sofremos mais com as coisas que imaginamos que estejam acontecendo do que com as que acontecem de fato.

    Coragem: é hora de passar adiante todas as roupas que você pensa que vai usar um dia, sabendo que não vai. Hora de botar no lixo todas as panelas sem cabo, os tapetes desfiados, as almofadas com rombos, os discos arranhados, as plantas semimortas, aquela lixeira medonha do banheiro, os copos trincados, os guias telefônicos de três anos atrás, todas as flores artificiais, as revistas empoeiradas que você coleciona, a máquina de escrever guardada no baú, o aquário vazio e o violão com duas cordas. Tudo isso e mais o que você esconde no armário da dependência de serviço.

    Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir.

    Então a gente presta atenção em volta, imita nossos pais e amigos, se apega a um roteiro conhecido, faz um certo teatro, tudo para que não percebam que, em silêncio e na solidão, somos apenas crianças grandes.

    O dom de viver sem aplausos e sem plateia. O glorioso e secreto dom de vencer os dias.

    Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de estar vivo.

    O Brasil, a exemplo de sociedades mais jovens, como os Estados Unidos, cultua o automóvel a ponto de ser prisioneiro dele. Além de termos esquecido como é caminhar, somos impelidos a nos endividar para ter um carro do ano com air bag, banco de couro e design avançado, como se isso fosse dizer quem somos. De certa maneira, diz. Diz que somos vítimas de um comportamento padrão

    O mundo já caiu, baby. Só nos resta dançar sobre os destroços.

    Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa. Feliz por nada talvez seja isso.

    Gratidão por estarmos aqui e por termos uma alma capaz de detectar o sublime no essencial, fazendo com que todo o supérfluo, que não é errado desejar e obter, torne-se apenas uma consequência agradável desse nosso olhar íntimo e amoroso a tudo o que nos cerca.

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