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    Guia politicamente incorreto da América Latina

    Por Leandro Narloch e Duda Teixeira
    Existem 14 citações disponíveis para Guia politicamente incorreto da América Latina

    Sobre

    Novo livro de Leandro Narloch, escrito em parceria com o repórter Duda Teixeira, mostra verdades desagradáveis que os livros de história omitem

    Continuação do sucesso editorial Guia politicamente incorreto da história do Brasil, o livro ? que já está em primeiro lugar na lista dos mais vendidos da revista Veja - ataca figuras sagradas da América Latina e desconstrói velhos discursos que marcam a história do continente. Os principais alvos do Guia politicamente incorreto da América Latina são Che Guevara, Juan e Evita Perón, Simón Bolívar, Salvador Allende, Pancho Villa, os incas, os astecas, os maias e os rebeldes negros que protagonizaram a Revolução do Haiti.
    O objetivo, mais uma vez, é expor os erros cometidos pelos heróis da bondade e as virtudes daqueles considerados vilões. ?Não há aqui destaque para veias abertas do continente, mas para feridas devidamente tratadas e curadas com a ajuda de grandes potências?, diz a apresentação do livro.
    Para cumprir a missão, o autor Leandro Narloch se aliou ao repórter Duda Teixeira, que há cinco anos atravessa fronteiras fazendo reportagens e entrevistas com os principais líderes políticos da América Latina.
    O contato entre índios e europeus continua sendo um dos principais assuntos da série. Os dois autores mostram que boa parte dos povos indígenas, tanto nos Andes quanto no México, comemorou a chegada dos conquistadores espanhóis e a vitória deles sobre osimperadores nativos. Nos Andes, os incas impunham um império que levava povos andinos a fazer migrações forçadas e a aceitar símbolos religiosos estrangeiros. No México, os astecas criaram um estado de horror ao atacar povos vizinhos para conseguir vítimas de seus rituais de sacrifício. ?É difícil encontrar, entre todos os continentes, entre todas as épocas, uma civilização mais obcecada por cerimônias de morte que os astecas?, afirmam Leandro Narloch e Duda Teixeira.
    Para contar histórias ocultas da escravidão negra na América Latina, os autores se concentraram na Revolução do Haiti, de 1791, a única revolta escrava vitoriosa na América. Os jornalistas mostram que os principais líderes da revolução eram, eles próprios, escravistas. Atacavam grupos de negros para vendê-los como escravos em troca de pólvora e de dinheiro, aliaram-se a monarquias escravistas e reavivaram a escravidão quando tomaram o poder.
    Mais que apenas acusar esses personagens, o livro traz análises do modo de pensar e do contexto decada época. O objetivo é explicar por que rebeldes e heróis tomaram atitudes que parecem tão estranhas aos olhos de hoje.
    O maior destaque do livro foi reservado a líderes socialistas tão admirados hoje em dia, como Che Guevara, Fidel Castro e Salvador Allende. Os autores exploram uma grande contradiçãoenvolvendo o guerrilheiro argentino e seus fãs. ?Che lutou contra as bandeiras que os seus admiradores mais defendem?, afirmam. O livro descreve as execuções sem julgamento promovidas pelo guerrilheiro em Cuba, a perseguição a jovensroqueiros, hippies e gays, a vontade de Che de começar uma guerra nuclear esuas trapalhadas econômicas que tanto mal fariam aos cubanos. ?Quem nutre sentimentos politicamente corretos em favor da paz, dos direitos humanos e do bem-estar dos mais pobres precisa manter o guarda-roupa o mais longe possível do rosto de Che Guevara.?
    Os leitores ficarão ainda mais surpresos com o capítulo sobre Salvador Allende e o golpe que o derrubou do governo do Chile, em 1973. Leandro Narloch e Duda Teixeira afirmam que, como Allende foi substituído pela cruel ditadura de Augusto Pinochet, acabou ganhando a aura de defensor heróico da democracia e da liberdade. Os autores mostram, no entanto, como o governo de Allende criou um caos econômico e institucional no Chile, a ponto de o Congresso do país e os órgãos máximos da Justiça declararem a ilegalidade daquela administração. Ironicamente, quem cumpriu a ordem de derrubar o presidente foi Pinochet, um general que haviasido promovido pelo próprio Allende um ano antes, contente com a eficiência do militar ao atacar manifestantes e grevistas.
    ?Sem a sua ajuda e a do New York Times, a revolução em Cuba jamais teria acontecido.? Essa frase, por mais inusitada que possa parecer, foi pronunciada por Fidel Castro, apontando para a foto de Herbert Matthews, jornalista americano que o entrevistou e afirmou em sua matéria que o programa do ?señor Castro? era ?radical, democrático e, portanto, anticomunista?. A entrevista transformou o revolucionário em herói nacional, eliminando qualquer outro grupo que se opusesse à sua luta ? e Matthews, tempos depois, quando o ditador se assumiu publicamente como leninista-marxista, virou alvo da chacota dos colegas.
    O que dizer então daorigem do termo marijuana, usado para designar a maconha? E quem poderia adivinhar que Pancho Villa, figura histórica do México, dependeria tanto dela para fazer sua revolução? Os homens do bando de Villa gostavam de usar a erva para relaxar depois das batalhas. Já o termo marijuana foi criado intencionalmente para fazer referência aos mexicanos. Depois de os homens de Villa tomarem afazenda do magnata da imprensa americana William Randolph Hearst, ele usou a página 20 de seus jornais para a represália. Como as palavras cannabis e hemp estavam proibidas, Hearst deu início a uma companha contra uma tal de marijuana. Até hoje a maconha nos Estados Unidos é relacionada aos imigrantes que cruzam a fronteira.
    A rixa no futebol dos argentinos com os brasileiros, muitas vezes, é creditada pelos jornalistas brasileiros à arrogância dos hermanos. Mas como não ser arrogante se em 1920, Buenos Aires já era a maior cidade da América Latina e a terceira do continente, atrás apenas de Nova York e Chicago? Para completar, em termos de renda per capita e reservas de ouro, o país ficava à frente dos Estados Unidos, da Inglaterra e só um pouquinho atrás da França. Outros tempos. A realidade é que ainda hoje a Argentina luta para consertar os resultados das ações inconsequentes de um certo presidente Juan Perón.
    Essas e outras histórias são reveladas por Leandro Narloch e Duda Teixeira em Guia politicamente incorreto da história da América Latina. Ao desvendar a obra, os leitores terão a sensação de que quase tudo o que aprenderam sobre história da América Latina estava errado.
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    Citações de Guia politicamente incorreto da América Latina

    “Eu não concordo com o comunismo. Nós somos democráticos. Somos contra todo tipo de ditadores. É por isso que somos contra o comunismo”.

    Contradições assim sugerem o seguinte: ou esses ativistas não sabem quem foi Che Guevara, ou não são realmente contrários aos assassinos e aos torturadores. São contrários apenas a assassinos e torturadores com quem não concordam.

    Os campos de concentração cubanos abrigaram todos aqueles que não se encaixavam na ideia de “homem novo”: gays, católicos, testemunhas de Jeová, alcoólatras, sacerdotes do candomblé cubano e, mais tarde, portadores de HIV.

    Não deve haver lugar para objetividade no jornalismo. O dever supremo dos jornalistas de esquerda não é servir a verdade, mas a revolução.

    Liberdade significa realmente liberdade para errar. Podemos ser extremamente

    Manuel Piar, um caudilho mestiço que lutou contra a Espanha, queria que Bolívar fosse a julgamento na Corte Marcial por deserção e covardia. Ele o chamava de “Napoleão das retiradas”. A disputa entre os dois fez com que Piar fosse depois fuzilado por Bolívar.138

    traços típicos dos piores ditadores comunistas: o controle extremo da conduta individual, a paranoia com a traição e o fato de considerar o ideal da revolução acima de qualquer regra de convivência.

    Como já escreveu o pensador venezuelano José Toro Hardy, “uma pessoa pode ser marxista ou pode ser bolivariana, mas não se pode ser marxista e bolivariana ao mesmo tempo”.

    A melhor coisa a fazer na América [Latina] é ir embora. SIMÓN BOLÍVAR

    A ingestão de calorias pelo povo argentino era a mais adequada do mundo nos anos após a Segunda Guerra Mundial e maior que a dos Estados Unidos.232 O país estava pronto assim para se destacar no ranking mundial das nações ricas do pós-guerra. Mas Perón não deixou. As

    E FIDEL, O CAPITALISTA Se Fulgencio começou vermelho e aos poucos mudou de cor, Fidel tomaria o rumo contrário. Até declarar que levaria Cuba para o rumo de Moscou, um ano depois de tomar o poder, ele se dizia grande inimigo dos socialistas. Numa entrevista ao New York Times em abril de 1959, disse: “Eu não concordo com o comunismo. Nós somos democráticos. Somos contra todo tipo de ditadores. É por isso que somos contra o comunismo”.

    Se os índios atuais pudessem voltar à sua nação originária, seriam obrigados a abandonar a própria casa, viajar a pé para terras desconhecidas e aceitar o trabalho que lhes fosse imposto. Uma situação ainda mais degradante do que viver hoje na Bolívia.

    3. Condenar o capitalismo. O latino-americano que honra o nome acredita que o comunismo foi uma ideia boa, só que mal implantada. E, se já não luta para implantar esse falido modelo por aqui, ao menos defende sistemas mais “sociais”, “solidários”, “justos” e “comunitários”.

    como princípio, acabar com os motores mais básicos da economia, como a possibilidade de ter um ganho individual e o direito de propriedade.

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