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    Índios no Brasil ? História, direitos e cidadania

    Por Cunha, Manuela Carneiro da
    Existem 5 citações disponíveis para Índios no Brasil ? História, direitos e cidadania

    Sobre

    O desconhecimento sobre o passado, o presente e o futuro dos índios no Brasil é grande. Em cinco ensaios que se valem tanto da história quanto da antropologia, este livro desmistifica os preconceitos que ainda imperam. A história permite responder a várias perguntas. Por que são tão distintas as imagens que colonizadores portugueses e filósofos franceses formaram dos índios no século XVI? Por que os índios foram primeiro cobiçados como mão de obra escrava e mais tarde apenas considerados como obstáculos à ocupação das terras? Como a política indigenista foi mudando em função desses interesses e por que a maioria das terras indígenas no Brasil está na Amazônia?Outras questões são de natureza conceitual. Como determinar quem é índio, que critérios são válidos? Como se deve entender a noção de cultura? Quais os fundamentos e a história dos direitos indígenas no Brasil que hoje estão consignados em um capítulo da Constituição?Até os anos 1970, era comum pensar os povos indígenas como fadados ao desaparecimento pela marcha inelutável do progresso. Muita coisa mudou desde essa época, sobretudo as noções de progresso e de integração. Com a valorização das diferenças culturais, a velha ideia de que integrar os índios era torná-los 'como nós', assimilá-los, ficou obsoleta: igualdade e homogeneidade cultural deixaram de ser sinônimos. E, no entanto, há ainda quem diga que os índios são um empecilho ao progresso. Para o nosso país que tem o privilégio de aliar uma imensa biodiversidade a uma igualmente imensa sociodiversidade, entender o passado e planejar o futuro com a presença e a parceria dos povos indígenas é um desafio fundamental.
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    Citações de Índios no Brasil ? História, direitos e cidadania

    A percepção de uma política e de uma consciência histórica em que os índios são sujeitos e não apenas vítimas só é nova eventualmente para nós. Para os índios, ela parece ser costumeira. É significativo que dois eventos fundamentais — a gênese do homem branco e a iniciativa do contato — sejam frequentemente apreendidos nas sociedades indígenas como o produto de sua própria ação ou vontade.

    O que isso indica é que as sociedades indígenas pensaram o que lhes acontecia em seus próprios termos, reconstruíram uma história do mundo em que elas pesavam e em que suas escolhas tinham consequências.

    Em suma, o que é hoje o Brasil indígena são fragmentos de um tecido social cuja trama, muito mais complexa e abrangente, cobria provavelmente o território como um todo.

    O tema recorrente que saliento é que a opção, no mito, foi oferecida aos índios, que não são vítimas de uma fatalidade mas agentes de seu destino. Talvez tenham escolhido mal. Mas fica salva a dignidade de terem moldado a própria história.

    a Amazônia, não só na sua várzea mas em várias áreas de terra firme, foi povoada durante longo tempo por populosas sociedades, sedentárias e possivelmente estratificadas, e essas sociedades são autóctones, ou seja, não se explicam como o resultado da difusão de culturas andinas mais “avançadas”.

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