Irmã Dulce

O corpo franzino escondia a firmeza de uma religiosa que desafiou as limitações do seu tempo para realizar milagres. Para muitos, foi mãe, patrona e até mesmo santa. A freira baiana Irmã Dulce (1914-1992) dedicou sua vida à missão de amar e servir ao próximo. Os doentes e miseráveis espalhados pelas ruas da Bahia ganharam abrigo no seu apoio ao longo de mais de 50 anos de trabalho. Em vida, criou a maior rede de atendimento público do país que nasceu em um galinheiro, desenvolveu programas de educação e inserção social e ganhou fama de manter um hospital onde "as portas nunca se fecham" para quem precisa. Mas, mesmo depois de morta, muitas graças continuaram sendo atribuídas a sua intercessão. Uma delas, reconhecida como milagre pelo Vaticano, foi sua credencial para se tornar Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, beata reconhecida pela Igreja Católica. Pelas orações à Dulce, uma mulher foi salva de uma grave hemorragia após dar a luz ao seu primeiro filho.