We love eBooks
    Baixar Isso é arte?: 150 anos de arte moderna. Do impressionismo até hoje pdf, epub, eBook
    Editora

    Isso é arte?: 150 anos de arte moderna. Do impressionismo até hoje

    Por Will Gompertz
    Existem 13 citações disponíveis para Isso é arte?: 150 anos de arte moderna. Do impressionismo até hoje

    Sobre

    Original, irreverente, acessível e tecnicamente impecável, Isso é arte? conduz o leitor por uma excitante viagem através de mais de 150 anos de arte moderna, do impressionismo até os dias de hoje.

    E não poderia haver guia melhor que o editor de artes da BBC Will Gompertz. Com estilo envolvente - que mescla profundo conhecimento do assunto, ótimo texto e um delicioso senso de humor - ele conta a história dos movimentos, dos artistas e das maravilhosas obras de arte que não apenas mudaram a arte para sempre, mas ajudaram a criar e definir o mundo moderno.

    Dos nenúfares de Monet aos girassóis de Van Gogh, das latas de sopa de Andy Warhol ao tubarão em conserva de Damien Hirst, fique sabendo as histórias por trás das obras-primas, conheça os artistas e descubra do que realmente se trata a arte moderna.
    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Citações de Isso é arte?: 150 anos de arte moderna. Do impressionismo até hoje

    Pelo menos na cabeça de Duchamp. Ele acreditava ter inventado uma nova forma de escultura: uma em que o artista podia selecionar qualquer objeto produzido em massa sem nenhum mérito estético óbvio e, libertando-o de sua finalidade funcional – em outras palavras, tornando-o inútil –, dando-lhe um nome e mudando o contexto e o ângulo do qual seria visto normalmente, transformá-lo numa obra de arte de fato. Chamou essa nova forma de fazer arte de “readymade”: uma escultura já pronta.

    Considerava o meio secundário: o primordial era a ideia. Só depois de ter escolhido e desenvolvido um conceito o artista estava em condições de escolher um meio, e o meio deveria ser aquele que permitisse expressar a ideia da maneira mais bem-sucedida.

    Mas a história da arte determinara que Manet seria escalado para o papel de rebelde, e assim, com relutância, ele se tornou o líder de um círculo de artistas dissidentes que incluía Claude Monet, Camille Pissarro, Pierre-Auguste Renoir, Alfred Sisley e Edgar Degas, o grupo que formaria o núcleo do que é geralmente considerado o primeiro movimento na arte moderna: o impressionismo.

    Os impressionistas foram o grupo mais radical, rebelde, rompedor de barreiras e memorável em toda a história da arte.

    Pollock compartilhava o amor de Kandinsky pela natureza, a mitologia e o primitivo. Mas enquanto Kandinsky era um intelectual sereno, calmo, Pollock era uma força volátil e perturbada da natureza, frequentemente incapaz de controlar seus sentimentos. Ele possuía um motor emocional grande demais para uma pessoa só, que o tornava propenso a arrebatamentos explosivos que tentava amortecer com álcool.

    É o fim do tempo: o fim da vida. Um exército de formigas pretas apinha-se sobre a carcaça de um relógio menor, enquanto um outro escorrega sobre uma criatura molenga verdadeiramente grotesca. Esse é Dalí. Ou, pelo menos, uma aproximação do rosto do artista quando visto de perfil. Ele também foi envolvido pela sombra sufocante da morte, que o deixou flácido, sem vida e repugnante enquanto suas vísceras se esvaem pelas narinas.

    O pai da arte conceitual é Marcel Duchamp, cujos readymades – em especial seu mictório de 1917 – provocaram a ruptura decisiva com a tradição e forçaram uma reavaliação do que podia e devia ser considerado arte. Antes da intervenção provocativa de Duchamp, arte era algo feito pelo homem, tipicamente de mérito estético, técnico e intelectual, que havia sido emoldurado e pendurado numa parede, ou apresentado sobre um plinto para parecer esplêndido. A alegação de Duchamp era que artistas não deveriam ser limitados a um âmbito tão rígido de meios através dos quais expressar suas ideias e emoções. Segundo ele, os conceitos deveriam vir em primeiro lugar, e só depois se deveria considerar qual poderia ser a melhor forma de expressá-los. Ele defendeu sua ideia com um mictório e transformou a arte, que deixou de ser vista unicamente em termos de pinturas e esculturas, para ser praticamente qualquer coisa que o artista decretasse que era. Não se tratava mais necessariamente de uma questão de beleza, mas sobretudo de ideias

    Os irmãos Chapman apresentaram cenas de horripilante carnificina; Mark Quinn (n.1964) produziu uma escultura de sua cabeça chamada Self (1991), feita com 4,5 litros de seu próprio sangue congelado (como um sorbet), coletados por ele no curso de cinco meses; e Marcus Harvey (n.1963), um velho amigo de Damien Hirst, mostrou sua pintura Myra (1995). Essa obra causou muito rebuliço. Harvey havia retratado Myra Hindley, a assassina

    nenhuma arte produzida em qualquer outro tempo. Arte é sempre, em certa medida, uma tentativa de criar ordem a partir do caos.

    Precisou ter coragem para abandonar a vida de corretor da Bolsa que havia colecionado a arte dos impressionistas, numa tentativa de ingressar em seu bando artístico. E não por causa do risco financeiro. O crack da Bolsa em 1882 assegurou que dinheiro não seria um impedimento para Gauguin, porque quando o jovem financista acordou no dia seguinte, descobriu que não tinha mais nenhum.

    O trabalho de um artista não era proporcionar prazer estético – designers podiam fazer isso –, mas afastar-se do mundo e tentar compreendê-lo ou comentá-lo por meio da apresentação de ideias sem nenhum propósito funcional além de si mesmas.

    “Observador, filósofo, flâneur – chame-o como quiser … a multidão é seu elemento, como o ar é o das aves, como a água, o dos peixes. Sua paixão e sua profissão é esposar a multidão. Para o perfeito flâneur, para o espectador apaixonado, é uma imensa alegria estabelecer residência na multidão, no ondulante, no movimento, no fugidio e no infinito.”

    “Vamos nos sair bem”, disse Pierre-Auguste Renoir num tom assertivo. “Somos bons artistas; sabemos disso. Lembre-se do que Baudelaire disse antes de morrer: ‘Nada pode ser feito senão pouco a pouco.’ É isso que estamos fazendo; não é muito, mas é alguma coisa.”

    eBooks por Will Gompertz

    Página do autor

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções