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    Literatura à margem

    Por Cristovão Tezza
    Existem 5 citações disponíveis para Literatura à margem

    Sobre

    Este livro contém o texto revisado de três conferências de Cristovão Tezza: "Literatura à margem", que abriu o VII Festival Literário da Mantiqueira, em 4 de abril de 2014; "História de escritor", apresentada na Academia Brasileira de Letras, em 8 de abril de 2014, como parte do Ciclo "Vozes da Ficção Contemporânea"; e "A criação literária", que abriu o I Colóquio Crítica da Cultura - O Futuro do Presente, na Universidade Federal de São João del-Rey, apresentada em 19 de outubro de 2010.

    "Uma lúcida visão da posição do escritor em meio ao mundo moderno, em que a opção pela solidão em busca de inspiração contrasta com uma tecnologia que aproxima todos com simples digitar de teclas."
    (O Estado de S.Paulo, 7 de abril de 2014, sobre a conferência "Literatura à margem".)
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    Citações de Literatura à margem

    O primeiro leitor é sempre o próprio narrador – a mão que escreve não se confunde jamais com olho que lê. Todo texto nasce cindido. O narrador escreve a frase que gostaria de ler: esse é o primeiro desejo de quem escreve. O escritor precisa escrever o que ninguém ainda escreveu, e para isso cria um narrador supostamente único, que soprará as palavras que o autor gostaria de ouvir e que ninguém ainda disse.

    O que a literatura faz é, antes de tudo, formalizar um ponto de vista original sobre o mundo que não pode jamais se confundir, como numa colagem exata, com aquele que escreve, o autor em carne e osso. O nascimento da literatura é o nascimento de um narrador.

    A História não é garantia de nada; estamos sempre recomeçando. Pois a literatura nos tira da tábula rasa e oferece-nos a prospecção do passado e a experiência do presente, na comunhão solitária entre autor e leitor. É uma boa vacina contra o isolamento, ainda que seja quase sempre fruto do sentimento de solidão. Um pé na margem, outro no mundo – assim escrevemos.

    Escrever literatura é constituir um ponto de vista, pelo qual estabeleço um eixo de referência da minha condição humana.

    Ao escrever, eu me transformo em outra pessoa, e obrigatoriamente tenho de ver o mundo do lado de fora de mim mesmo.

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