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    Lógica para principiantes

    Por Pedro Abelardo
    Existem 7 citações disponíveis para Lógica para principiantes

    Sobre

    A obra de Abelardo distribui-se em várias direções: teologia sistemática, exegese bíblica, sermões, ética, lógica, sem esquecer a poesia e as cartas. Não seria exagero dizer que ele teve papel de destaque em todos estes setores. No que diz respeito à lógica, Abelardo nos deixou quatro textos: Introductiones dialecticae, Logica "Ingredientibus", Logica "Nostrorum petitione sociorum" e Dialectica. Trata-se do mais importante monumento ligado à chamada "Lógica velha". Este volume, Logica "ingrendientibus", pode ser dividido em três grandes partes. A primeira é constituída por considerações gerais sobre a lógica e a filosofia. A segunda contém um comentário literal da introdução da Isagoge. A terceira, na qual nos deteremos com mais vagar, é justamente uma investigação sobre as perguntas de Porfírio com o objetivo de respondê-las.
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    Citações de Lógica para principiantes

    Abelardo retoma a definição aristotélica do universal – “aquilo que é naturalmente apto para ser predicado de muitos” – e o opõe ao singular – “aquilo que se predica de um só

    Com efeito, Porfírio, no início da Isagoge, tinha se interrogado sobre qual tipo de ser devemos atribuir aos géneros e às espécies (universais): são subsistentes ou estão colocados apenas no pensamento isolado? Caso subsistam, são corporais ou incorporais? Finalmente, sendo incorporais, estão separados do sensível ou estão nele colocados e implicados?

    Roscelino afirmava que os universais não passam de emissões de voz (flatus vocis), reduzindo-os, pois, à materialidade das palavras, ao componente físico destas.

    Esse é o primeiro documento conhecido em que se articula de maneira ampla e minuciosa a “querela dos universais”.

    Um vocábulo universal, entretanto, é aquele que, por sua descoberta, é apto para ser predicado de muitos tomados um a um, tal como este nome homem, que pode ser ligado com os nomes particulares dos homens segundo a natureza das coisas subordinadas às quais foi imposto. Já o singular é aquele que é predicável de um só, como Sócrates, tomado como nome de um único.

    Boécio2 não chama de Filosofia qualquer ciência, mas apenas a que se detém nas coisas mais elevadas; de fato, não chamamos de filósofos a quaisquer pessoas dotadas de conhecimento, mas apenas àquelas cuja inteligência penetra as sutilezas.

    os homens, naquilo que não tocaram pelas sensações, têm mais opinião do que inteligência, o que aprendemos pela própria experiência. Assim, pensando a respeito de uma cidade que não vimos, descobrimos, ao chegarmos a ela, que a imaginamos diferente do que é.

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