Meu Everest
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Para cada vez que você olhar para cima pra ver quanto falta, olhe quatro ou cinco pra baixo pra ver o quanto você já subiu. Motivação. Para chegar ao destino, a gente tem que subir, descer, subir de novo, descer outra vez. Descer faz parte do caminho. Não é negativo, não é regressão.
O que aprendi? Que nada resiste a um passo de cada vez: pequeno, devagar, mas constante e sistemático.
“Ode aos loucos. Também chamados de desajustados, rebeldes e criadores de caso. Aqueles que veem coisas de uma forma diferente, que não gostam de muitas regras e que não respeitam o status quo. Você pode elogiá-los, discordar ou duvidar deles, endeusá-los ou difamá-los. A única coisa que não pode fazer é ignorá-los, pois eles provocam mudanças. Eles inventam. Imaginam. Resolvem. Exploram. Criam e inspiram. Eles obrigam a raça humana a evoluir. Talvez eles tenham que ser loucos. De outra forma, como alguém poderia enxergar uma obra de arte em uma tela vazia? Ou sentar em silêncio e imaginar uma música que nunca foi escrita? Ou olhar a lua e imaginar uma estação espacial? Alguns podem vê-los como loucos. Prefiro chamá-los de empreendedores. Pois as pessoas que são loucas o suficiente para pensar que podem mudar o mundo são justamente as que o fazem.”
Para um alpinista, descer faz parte da subida do Everest. Voltar atrás não é derrota ou fracasso: é estratégia. Ele sabe que cada vez que voltar, ficará mais forte para subir outra vez.
Alguns podem vê-los como loucos. Prefiro chamá-los de empreendedores. Pois as pessoas que são loucas o suficiente para pensar que podem mudar o mundo são justamente as que o fazem.”
Quando a gente faz o paralelo com nossa vida normal, onde a questão do abrigo e do alimento está resolvida, mas a gente mal tem tempo para olhar para o céu e curtir as estrelas, onde criamos nossos filhos como se fossem gado para abate: num cercado, sem exercícios e com muita, muita comida… Chega a dar vergonha.
No final da viagem, ao fazer um levantamento das coisas que vi e vivi, ficou claro que aquela minha experiência não poderia ter sido de graça. Não dá para simplesmente pegar um avião, descer no Campo Base do Everest e ver o que eu vi, viver o que vivi. As maravilhas que me impactaram para o resto da vida têm um custo: o sofrimento da caminhada. É preciso sofrer tudo aquilo para vivenciar minha experiência. Sem sacrifício, não se conquista a montanha. No pain, no gain.
cada um faz seu Everest ser mais difícil ou fácil. Cada um fixa seus limites. Cada um define os extremos a que pode chegar.
O pensamento automaticamente volta para a trilha, como que fugindo do incômodo de encarar a superficialidade estúpida de nossas vidas, de nossos objetivos, de nossas batalhas diárias.
Tentando trazer a loucura para a realidade, a mediocridade violenta credos e valores. Transforma ideias originais em arremedos. É assim que o Corão é utilizado como desculpa para o terrorismo sangrento. Que o capitalismo é transformado num modelo de exploração, culminando numa proposta de globalização mal entendida, mal gerenciada, mal explicada. Que o comunismo é desviado de seus valores iniciais, passando a servir como desculpa para regimes sanguinários e restritivos. Que as religiões servem de base para espertalhões que exploram o povo com programas de tv e sermões vazios. Que reengenharia é transformada num processo para mandar gente embora. Que o amor por um time de futebol vira desculpa para agressões e violência. Que as pessoas que partem para realizar seus sonhos de abrir sua própria empresa, mudar de cidade, mudar de amor, de país, de casa, de emprego, ou viajar para o Everest, são classificadas de “loucas”. Estamos rodeados de inquisidores. Gente dogmática, que se junta em grupos e assume uma coragem, um poder, um credo, que dificilmente conseguiria sustentar sozinha. Gente como aquela que só não condenou Galileu ao fogo quando ele concordou em negar sua tese de que a Terra girava em torno do sol. Por sorte, Galileu era como Hillary e Norgay. Daqueles loucos que não aceitam a mediocridade e, mesmo subjugados, sussurram: — Eppur si muove.
Um passo de cada vez, devagar, mas sempre. Sempre! Agregando valor.
O paralelo com a civilização é arrasador. Pensar na minha casa, onde eu, minha esposa e meus dois filhos desperdiçamos as noites vendo televisão. Cada um no seu quarto. Onde a ameaça do apagão é desespero porque a gente não vai ter o que fazer à noite… Como se conversar fosse algo impensável… É impossível não refletir sobre nossa civilizada, avançada, tecnológica e estúpida mediocridade.