Fukushima?pétalas de flor de cerejeira voam para além de ti, minha terra querida?para onde irão elas?...os verdes campos de arroz estão logo ali?as lindas praias desertas de mar azul esperam por vocês?as crianças abrem as pequenas mãos e tentam apanhá-las?os pardos gatos seguem-nas com o olhar?
Taro Aizu observa ?ele observa?e guarda na memoria?e ele recorda a sua cidade, Fukushima que já não lhe pertence ?o césio está por todo o lado?uma presença invisível?não se cheira?não se sente?mas ele está logo ali?e ele domina a sua cidade e os seus campos de arroz, as suas praias e as suas crianças ?
Taro Aizu pensa?ele pensa?e ele não opta pelo silêncio?ele sabe que o silencio em Fukushima mata.
?Onde estás, minha terra natal??, chora Taro.?E as lagrimas dele são também nossas.
E então choramos todos também :
?Onde estás, nossa terra natal?
Onde estás,Fukushima??
Nessas lagrimas que todos derramamos, nós soltamos a nossa tristeza e frustração.
Porém, Taro tem uma certeza.
Ele sente?ele sabe que um dia Fukushima será dele novamente?será das crianças sem dosímetros?dos campos de arroz sem césio?dos mares azuis?das praias já não desertas.
E Taro compartilha connosco essa sua certeza.
E nós sentimos que valeu a pena.
Como diz o grande poeta português Fernando Pessoa : ?tudo vale a pena ,quando a alma não é pequena?.
Fukushima, meu amor. Obrigado, Taro Aizu.
Paulo Duarte Filipe
Faro, Portugal
31 de Janeiro de 2013
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Taro Aizu observa ?ele observa?e guarda na memoria?e ele recorda a sua cidade, Fukushima que já não lhe pertence ?o césio está por todo o lado?uma presença invisível?não se cheira?não se sente?mas ele está logo ali?e ele domina a sua cidade e os seus campos de arroz, as suas praias e as suas crianças ?
Taro Aizu pensa?ele pensa?e ele não opta pelo silêncio?ele sabe que o silencio em Fukushima mata.
?Onde estás, minha terra natal??, chora Taro.?E as lagrimas dele são também nossas.
E então choramos todos também :
?Onde estás, nossa terra natal?
Onde estás,Fukushima??
Nessas lagrimas que todos derramamos, nós soltamos a nossa tristeza e frustração.
Porém, Taro tem uma certeza.
Ele sente?ele sabe que um dia Fukushima será dele novamente?será das crianças sem dosímetros?dos campos de arroz sem césio?dos mares azuis?das praias já não desertas.
E Taro compartilha connosco essa sua certeza.
E nós sentimos que valeu a pena.
Como diz o grande poeta português Fernando Pessoa : ?tudo vale a pena ,quando a alma não é pequena?.
Fukushima, meu amor. Obrigado, Taro Aizu.
Paulo Duarte Filipe
Faro, Portugal
31 de Janeiro de 2013
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