We love eBooks
    Baixar Mrs. Dalloway pdf, epub, eBook
    Editora

    Mrs. Dalloway

    Por Virginia Woolf
    Existem 17 citações disponíveis para Mrs. Dalloway

    Sobre



    Indicado na lista de Ebooks Mais Vendidos da revista Veja.

    ?[Mrs. Dalloway] é uma das obras de arte mais emocionantes e revolucionárias do século XX.? Michael Cunningham, autor de As horas

    Num aprazível dia de verão do ano de 1923, Clarissa Dalloway, representante da elite londrina, se prepara para a festa que dará à noite. Ela sai para comprar as flores para a ocasião e, enquanto caminha pela cidade, os mais variados pensamentos ocupam sua mente ? muitos dos quais não seriam adequados para uma dama da alta sociedade. Clarissa pensa em Peter Walsh, velho amigo cuja proposta de casamento recusou décadas atrás; repassa suas escolhas de vida, seus momentos de mais intensa felicidade, seu casamento com Richard Dalloway; pensa na filha adolescente, Elizabeth, em miudezas da existência e no esplendor da vida.

    Iniciando com o ponto de vista de Clarissa, Mrs. Dalloway ? publicado pela primeira vez em 1925 ? inova a arte romanesca de forma a um só tempo delicada e radical ao alternar o foco narrativo de um personagem para outro e ao lançar mão do fluxo de consciência como maneira de acompanhar seus sentimentos, suas sensações e suas reflexões. Passado num só dia, o romance é rico em flashbacks e flashforwards, misturando, além disso, discurso direto e discurso indireto livre. Com Mrs. Dalloway, considerado por muitos sua obra mais importante, Virginia Woolf (1882-1941) comprovou que ações corriqueiras, cotidianas ? como comprar flores ?, podem ser tema de grande arte, e que a vida e a morte acompanham todos os momentos da existência humana. - L±
    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Citações de Mrs. Dalloway

    Clarissa, sabia por experiência própria era que o arrebatamento religioso endurecia as pessoas (assim como defender uma causa); embotava os sentimentos,

    Ela se sentia muito jovem; ao mesmo tempo, inconcebivelmente velha. Passava por tudo como uma faca afiada; ao mesmo tempo, ficava de fora, contemplando. Tinha uma sensação permanente, olhando os táxis, de estar longe, longe, bem longe no mar e sozinha; sempre era invadida por essa sensação de que era muito, muito perigoso viver, ainda que por um dia.

    Pois no casamento é preciso um pouco de tolerância, um pouco de liberdade entre pessoas que convivem dia após dia sob o mesmo teto;

    Fazia alguma diferença então, perguntou-se, caminhando em direção a Bond Street, fazia diferença se ela inevitavelmente iria deixar de existir por completo; mesmo com sua ausência, tudo isto vai continuar; era algo para se lamentar, ou havia consolo em ver na morte o fim de tudo?

    Que curiosa essa sensação de ser invisível; despercebida; desconhecida;

    perfeitamente feliz, mesmo sem ter realizado nada que merecesse comentário;

    Uma oferenda pelo simples prazer de oferecer, talvez. Seja como for, esse era seu dom. Para ela, nada mais era assim tão importante;

    as mulheres vivem muito mais do que nós no passado, pensou. Elas se apegam aos lugares; e aos pais

    ela não fazia as coisas simplesmente, sem outros motivos; e sim para que as pessoas pensassem isso ou aquilo; o que era uma rematada tolice,

    que importância tinha se inevitavelmente deixaria de existir; se tudo isso iria continuar sem ela; ressentia-se com aquilo, ou não seria um consolo crer que a morte era o fim absoluto?

    Livros são flores ou frutas pendentes aqui e ali numa árvore com raízes profundas na terra de nossos primeiros anos, de nossas primeiras experiências.

    depois de impresso e publicado, um livro deixa de ser propriedade do autor;

    Pois não existe nada mais fascinante do que se enxergar a verdade por trás daquelas imensas fachadas de ficção – isso se a vida for de fato verdadeira e se a ficção for de fato fictícia.

    Pois no casamento precisa existir uma pequena liberdade, uma pequena independência entre as pessoas que vivem juntas na mesma casa dia após dia;

    Foi um grande erro vir. Devia ter ficado em casa lendo seu livro, pensou Peter Walsh;

    Mrs. Dalloway disse que ela mesma iria comprar as flores.

    Mas lembrar todos lembravam; o que ela amava era isso, aqui, agora, à sua frente; a senhora gorda dentro do táxi. Então que importância tinha, perguntou a si mesma, seguindo para a Bond Street, que importância tinha se inevitavelmente deixaria de existir; se tudo isso iria continuar sem ela; ressentia-se com aquilo, ou não seria um consolo crer que a morte era o fim absoluto? mas que de alguma maneira, nas ruas de Londres, no fluxo e refluxo das coisas, aqui, ali, ela sobrevivia, Peter sobrevivia, viviam um no outro, ela fazendo parte, não tinha dúvida nenhuma, das árvores de casa; da casa de lá, feia, toda esparramada como era; fazendo parte de pessoas que nunca conheceu; estendida como uma névoa entre as pessoas que mais conhecia, que a erguiam em seus galhos como vira as árvores erguerem a névoa, mas que se espraiava sempre mais e mais, sua vida, ela mesma. Mas com o que estava sonhando enquanto olhava pela vitrine da Hatchards’? O que estava tentando recuperar? Que imagem de uma branca aurora no campo, enquanto lia no livro com as páginas abertas: Não temas mais o calor do sol Nem as iras do inverno furioso.

    eBooks por Virginia Woolf

    Página do autor

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções eBooks similares