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    Mulheres visíveis, mães invisíveis

    Por Laura Gutman
    Existem 11 citações disponíveis para Mulheres visíveis, mães invisíveis

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    A maternidade, o parto e a criação dos filhos são momentos extraordinários para toda a família, mas são verdadeiramente especiais para a mãe. Diante de inúmeras teorias e soluções ?práticas? que desrespeitam e desconsideram a opinião da mãe e muitas vezes colocam a saúde do bebê em risco, Laura Gutman coletou diversos artigos em Mulheres visíveis, mães invisíveis que buscam esclarecer a gravidez, o parto e a infância, para que as futuras mamães possam encarar essas fases sem medo e sem traumas.
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    Citações de Mulheres visíveis, mães invisíveis

    Na realidade, elas só são livres quando se permitem viver a fundo cada etapa da vida. E o primeiro período da vida dos filhos é uma fase muito especial. E dura pouco.

    O que nossos pais — ou aqueles que nos criaram — disseram foi se transformando, necessariamente, no ponto mais sólido da nossa identidade. São os adultos que dão nomes às coisas. Por isso, aquilo que dizem é o que é.

    Para admitir que a necessidade de estar junto é também das mães, as mulheres precisam se sentir cuidadas, atendidas, apoiadas e sustentadas.

    Uma atitude antileite costuma estar presente na ideia absurda de que o bebê vai ficar “mal acostumado”. Qualquer outra espécie de mamífero morreria de rir (e também morreria) diante da ideia de negar aquilo que o recém-nascido reclama para sua subsistência. O ser humano é muito menos inteligente do que acreditamos quando pretende negar as leis da natureza e complicar a existência.

    E, se não nos importamos com o que acontece com as crianças, elas tampouco se importarão com o que acontece conosco, perpetuando uma cadeia de desapego e ingratidão.

    Para dar de mamar, a mãe precisa estar disposta a perder toda a autonomia, liberdade e tempo para ela própria.

    Ficar quieto ao lado do filho permite que a criança se aquiete. As mães fazem o contrário: quando a criança está tranquila, fogem “aproveitando” que está entretida. Então o pequeno interpreta: “Quando estou tranquilo e brinco sozinho, perco minha mãe. No entanto, se reclamo ou choro, mamãe fica comigo.”

    tempo real de dedicação exclusiva Quando os pais me consultam sobre “crianças que não têm limites”, costumo sugerir uma tarefa muito difícil: que permaneçam 15 minutos sentados no quarto da criança sem fazer absolutamente nada. Não é necessário que brinquem com a criança quando ela não pede. Só é necessário observá-la e estar disponível. Embora pareça incrível, quase nenhum pai consegue fazer isso. O celular toca, a família voltou tarde de uma festa de aniversário, é preciso fazer compras, vovó ficou doente. Concretamente, não conseguem dedicar 15 minutos do dia exclusivamente ao filho — que chamam de “luz da minha vida”. Sempre há situações prioritárias a atender, enquanto as crianças esperam. Ficar quieto ao lado do filho permite que a criança se aquiete. As mães fazem o contrário: quando a criança está tranquila, fogem “aproveitando” que está entretida. Então o pequeno interpreta: “Quando estou tranquilo e brinco sozinho, perco minha mãe. No entanto, se reclamo ou choro, mamãe fica comigo.”

    Vincular-se à própria mãe Começar a exercer a maternidade sem dispor de guias confiáveis é algo árido e desanimador. Por outro lado, como a maternidade é uma função especificamente feminina, as mães jovens esperam nutrir-se da comunidade de mulheres, que hoje em dia estão pouco visíveis nos lugares que costumamos frequentar, como o trabalho ou os circuitos sociais. O papel que no passado as mulheres sábias assumiam em uma determinada comunidade, hoje foi delegado aos supostos saberes de médicos ou psicólogos, geralmente relacionados com a condição masculina. A mãe jovem precisa do aval de outras mães — e, muito especialmente, de sua própria mãe — se tem a sorte de ela estar viva e próxima. De que precisa? De ter confiança em seu próprio mundo interior. De ser incentivada a procurar em sua própria essência os caminhos que lhe permitam se vincular amorosamente com a criança pequena. De segurança para começar a descobrir sua capacidade de dar abrigo e amparo a um ser absolutamente dependente dos cuidados maternos. De companhia para não se perder no cansaço e nas agonias do dia a dia. De generosidade para não ter de cuidar das tarefas domésticas e ficar liberada para se dedicar à criança. De palavras que nomeiem as sensações ambivalentes de êxtase e solidão, de paixão e loucura, de amor e desespero. De abraços e carícias para se sentir nutrida e amada no meio de tanto choro e de tantas noites insones. Se uma mãe jovem puder receber esse nível de amor e altruísmo da própria mãe, as portas de todo paraíso terrestre serão abertas para ela e a maternidade será uma experiência suave e tolerável. A chegada de uma criança à família se transforma em um milagre e em uma bênção para todos, quando compreendemos que nossas filhas e noras precisam de nossa proteção. Elas, e não as crianças. É bem provável que iremos observá-las e perceber alguns desacertos, mas precisamos levar em conta que muitas delas têm muito mais idade do que nós quando nos tornarmos m

    Aprender a dizer não pode ser um imenso desafio, porque não se trata apenas de falar, mas de encontrar dentro de si mesmo uma gama de interesses e desejos que são muito pessoais e que, no entanto, começamos a descobrir com o passar dos anos. Será uma questão de testar e constatar que dizer não, quando há algo que não queremos fazer, nos trará maiores certezas e aceitações interiores e externas.

    Meu filho briga na escola Quando se trata das necessidades básicas, uma criança pequena que não se sente protegida, respaldada, ouvida ou levada em consideração pode sentir, em primeiro lugar, que está sendo rejeitada, e depois ficar furiosa com aqueles que deveriam lhe proporcionar prazer e conforto. Essa ira vai crescer com o passar dos anos e será transferida para qualquer outro indivíduo a quem a criança irá culpar, não importa o que faça ou diga. Assim, ela aprenderá que só deve se relacionar quando tiver certeza de que ficará permanentemente irritada com o outro. Uma mãe que não consegue satisfazer as necessidades básicas da criança está priorizando as próprias necessidades. Nesses casos, seu filho reagirá com agressividade para ganhar espaço. Vai morder e bater em crianças mais fracas, vai cuspir, dará patadas com toda sua força e exibirá sua raiva em casa ou no colégio sempre que sua vontade não for satisfeita imediatamente ou, então, quando sentir que o desejo do outro “ganhou”. É possível que os pais e os professores a chamem de “voluntariosa”, ou achem que “precisa de limites”, e, em vez de compreender seu desamparo e sua solidão, irão impor ainda mais seus desejos pessoais, considerando cada vez menos as necessidades da criança em questão. Os adultos chegarão com facilidade à conclusão de que a criança “não tem razão” e que eles, os grandes, são os que estão certos. Ou seja, continuarão travando a mesma batalha e ampliarão seu arsenal psicológico, seu poder e controle. Qual é o problema? Os pais nunca vão resolver o fato de que seu filho briga se ficarem discutindo se a criança tem motivos ou não para ficar irritada, agredir, gritar ou maltratar alguém. Não se trata de uma reação como consequência de um fato fortuito, mas da estrutura psíquica que a criança edificou desde a primeira infância para conseguir sobreviver, pois estava desamparada e sedenta de cuidados maternos. O que podemos fazer? Se a criança tiver 8 ou 9 anos, s

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