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    O cavaleiro inexistente

    Por Italo Calvino
    Existem 8 citações disponíveis para O cavaleiro inexistente

    Sobre

    Nessa espécie de romance de cavalaria às avessas, Italo Calvino põe em marcha toda a sua habilidade construtiva e capacidade alegórica, mas também a sua verve humorística, para contar as aventuras e desventuras de Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, o cavaleiro inexistente da corte de Carlos Magno. Circundado por uma galeria de personagens que compõem um verdadeiro exército brancaleônico, Agilulfo serve com fé a causa da cristandade. De permeio, tem de lidar com uma querela em torno de sua nobre reputação, espelhada na armadura trazida sempre imaculadamente alva, embora paradoxalmente vazia. Como nos demais romances da trilogia Nossos antepassados, Calvino mergulha nos tempos heróicos da cavalaria medieval, vistos aqui em chave burlesca, utilizando como narrador uma freira confinada no convento, cuja penitência é justamente escrever a história desse cavaleiro sui generis.

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    Citações de O cavaleiro inexistente

    Ele, Agilulfo, sempre necessitara sentir-se perante as coisas como uma parede maciça à qual contrapor a tensão de sua vontade, e só assim conseguia manter uma consciência segura de si.

    Talvez não se possa chamá-lo de doido: é só alguém que existe mas não tem consciência disso.

    Como era possível aquele fechar de olhos, aquela perda de consciência de si próprio, aquele afundar num vazio das próprias horas e depois, ao despertar, descobrir-se igual a antes, juntando os fios da própria vida,

    Nem nós sabíamos que estávamos no mundo… Também a existir se aprende…

    Aqui temos um súdito que existe mas não tem consciência disso e aquele meu paladino que tem consciência de existir mas de fato não existe.

    Era uma época em que a vontade e a obstinação de existir, de deixar marcas, de provocar atrito com tudo aquilo que existe, não era inteiramente usada, dado que muitos não faziam nada com isso — por miséria ou ignorância ou porque tudo dava certo para eles do mesmo jeito — e assim uma certa quantidade andava perdida no vazio.

    Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, cavaleiro de Selimpia Citeriore e Fez!

    a arte de escrever histórias consiste em saber extrair daquele nada que se entendeu da vida todo o resto; mas, concluída a página, retoma-se a vida, e nos damos conta de que aquilo que sabíamos é realmente nada.

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