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    O Fim do Poder

    Por Moisés Naim
    Existem 14 citações disponíveis para O Fim do Poder

    Sobre

    O mundo vem passando por uma série de transformações. Potências hegemônicas como os Estados Unidos têm de lidar com cada vez mais limitações em sua atuação, e as grandes companhias agora enfrentam a crescente ameaça dos pequenos empreendimentos. O poder, na política ou nos negócios, está se tornando mais fragmentado.
    Ao longo de O fim do poder, o escritor venezuelano Moisés Naím discute as mudanças pelas quais o mundo vem passando desde meados do século XX e procura explicar
    por que o poder é hoje tão transitório ? e tão difícil de manter e usar ?, examinando o papel das novas tecnologias e identificando as forças que estão por trás dessas transformações.
    Não se trata do fim das grandes corporações ou do conceito de ?potência hegemônica?, mas sim de um fenômeno mais complexo, no qual todos nós estamos envolvidos, e que está instaurando um paradigma inédito na história da humanidade.
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    Citações de O Fim do Poder

    ninguém tem poder suficiente para fazer o que sabe que é preciso fazer.

    Todas as pesquisas de opinião revelam que uma importante tendência mundial é a perda de confiança nos líderes políticos, nos “especialistas”, nas instituições públicas, nos empresários e nos meios de comunicação.

    Poder é a capacidade de dirigir ou evitar ações atuais ou futuras de outros grupos e indivíduos. Ou, dito de outra forma, poder é aquilo que exercemos sobre os outros para que tenham condutas que, de outro modo, não adotariam.

    No século XXI, o poder é mais fácil de obter, mais difícil de utilizar e mais fácil de perder.

    Segundo Aristóteles, o poder, a riqueza e as amizades são os três componentes que constituem a felicidade de uma pessoa.

    Mas ninguém roubou as ovelhas. Elas simplesmente deixaram de ser ovelhas: são consumidores dispostos a comparar e experimentar outras opções e, ao fazer isso, encontraram o que lhes pareceu mais atraente.

    “Eu sempre ficava surpreso ao ver o poder que as pessoas me atribuíam”, contou-me

    O xadrez é, sem dúvida, uma metáfora clássica do poder. Mas o que ocorreu no xadrez foi a erosão, e em certos casos o desaparecimento, das barreiras que antes mantinham o mundo dos campeões restrito, impenetrável e estável. Os obstáculos à compreensão das táticas e ao desenvolvimento da mestria, assim como todas as outras barreiras que limitavam o acesso ao topo, perderam o poder de impedir que novos rivais enfrentem quem reina nesse topo.

    No século XXI, o poder é mais fácil de obter, mais difícil de utilizar e mais fácil de perder. Das

    “Quem é ativo em política luta para obter poder, seja como um meio para outros fins, idealistas ou egoístas, seja para obter ‘poder pelo poder’, ou seja, para desfrutar da sensação de prestígio que o poder oferece”.

    O poder fica arraigado devido às barreiras que seus detentores erguem para se proteger dos rivais e aspirantes. Tais barreiras não só evitam que novos competidores cresçam e se transformem em ameaças significativas mas também ajudam a consolidar o domínio desses poderosos já estabelecidos. Essas

    Vários anos atrás, enquanto eu concluía uma investigação sobre a luta mundial pela democracia, fiquei impressionado com o crescente uso da internet, da blogosfera, das mídias sociais e dos celulares para: denunciar e contestar os abusos dos regimes autoritários; oferecer canais alternativos para divulgar informação e o uso de meios de comunicação mais imunes à censura e aos controles impostos pelas ditaduras. Em 2007 – o que agora parece quase uma geração atrás devido à velocidade com que essas tecnologias têm se desenvolvido – essas tecnologias digitais já haviam registrado alguns feitos impressionantes. Haviam permitido à sociedade civil filipina encher as ruas para derrubar um presidente corrupto (Joseph Estrada); possibilitaram as rápidas mobilizações contra o autoritarismo encenadas pela Revolução Laranja na Ucrânia e pela Revolução do Cedro no Líbano; documentaram a fraude das eleições de 2007 na Nigéria; expuseram (via fotos de satélite) a chocante desigualdade corporificada nos imensos complexos palacianos da família real do Bahrein; e forçaram a suspensão das atividades nas instalações químicas de Xiamen, China, que eram uma ameaça ao meio ambiente, por meio da difusão viral de centenas de milhares de comoventes mensagens de texto via celular. Chamei as TICs que esses cidadãos estavam usando de “tecnologias da libertação”, pela capacidade que demonstraram de permitir aos cidadãos confrontar, conter e pedir satisfações aos regimes autoritários – e até de libertar sociedades inteiras de uma autocracia.137

    Até o ramo judicial se soma a essa tendência: em nível mundial, observa-se um novo ativismo judicial, que leva tribunais, juízes e magistrados a intervir em conflitos políticos que no passado eram da alçada apenas do poder legislativo ou do executivo. Dos Estados Unidos ao Paquistão e da Itália à Tailândia, vemos juízes cada vez mais dispostos a investigar governantes e dirigentes políticos, a bloquear ou revogar suas ações e até a arrastá-los a processos legais que acabam impedindo-os de aprovar leis e fazer política.

    Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile:   Quanto mais as Ongs têm poder de perseguir seus objetivos unidimensionais, menor é o poder do governo para governar. Muitas Ongs são grupos de interesses com um só objetivo, com maior agilidade política, melhor domínio da mídia e maior flexibilidade no plano internacional do que a maioria dos governos. Sua proliferação deixa de mãos e pés atados a máquina governamental e limita muito seu leque de opções. Tive uma experiência pessoal disso quando fui presidente e vejo-o agora em minhas viagens quando falo com outros chefes de Estado e ministros. No geral, as Ongs são benéficas à sociedade, mas sua visão bitolada e as pressões que têm de exercer para mostrar resultados às suas bases e doadores podem torná-las muito rígidas.139

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