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    O harém de Kadafi: A história real de uma das jovens presas do ditador da Líbia

    Por Annick Cojean
    Existem 11 citações disponíveis para O harém de Kadafi: A história real de uma das jovens presas do ditador da Líbia

    Sobre



    Soraya tinha apenas quinze anos quando Muamar Kadafi foi visitar a escola onde ela estudava. No momento em que ela lhe estendeu um buquê de flores, ele colocou a mão na cabeça da menina e acariciou seus cabelos. Era o gesto secreto que sinalizava a suas guarda-costas que ele a havia escolhido.
    Soraya foi raptada e viu sua infância chegar ao fim. Durante sete anos, foi estuprada, espancada, forçada a consumir álcool e cocaína e depois integrada às tropas das "amazonas" de Kadafi.
    Neste livro, a conceituada jornalista Annick Cojean dá voz a Soraya, desvelando um aspecto pouco conhecido da ditadura de Kadafi - o abuso de drogas que estimulava a megalomania sangrenta do ditador e o cruel abuso sexual de jovens líbias, escolhidas entre aquelas que lhe chamassem atenção.
    Inúmeras mulheres tiveram o mesmo destino de Soraya, centenas provavelmente.
    Talvez nunca se saiba ao certo, pois o assunto ainda é tabu na Líbia. Annick Cojean arriscou sua vida ao ir a Trípoli investigar essa história. Ali, encontrou uma sociedade hipócrita e decadente, dilacerada pela prostituição, pela corrupção, pelo terror, por estupros e assassinatos.
    Em O harém de Kadafi, Annick Cojean possibilita que as vítimas do ditador líbio contem sua história para o mundo, devolvendo um pouco de dignidade a mulheres cuja vida foi destruída por um monstro.
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    Citações de O harém de Kadafi: A história real de uma das jovens presas do ditador da Líbia

    Quem, no inferno, sonharia em prestar queixa contra o próprio diabo?

    O destino da maior parte das guarda-costas de Kadafi corre o risco de continuar desconhecido. Corpos encontrados nos escombros de Bab al-Azizia parecem indicar que muitas foram liquidadas em agosto, nas horas derradeiras do regime. No momento da queda e da fuga desesperada do Guia, elas se tornaram inúteis.

    O que o excitava profundamente era possuir, por uma hora, por uma noite ou por algumas semanas, filhas ou esposas de homens poderosos ou de seus oponentes.

    Pouco antes do linchamento, dos golpes, dos tiros, dos chutes, um rebelde introduziu brutalmente um bastão de madeira ou de metal entre as nádegas do ditador caído, que, de pronto, começou a sangrar. “Violentado!”,

    Entre os artigos de luxo do ditador, as “presas especiais” que cobiçava, estavam esposas e filhas de soberanos e chefes de Estado.

    Ah, é? Então alguns crimes devem ser denunciados, enquanto outros devem ser camuflados, como segredinhos sujos? Haveria então belas e nobres vítimas e haveria as vergonhosas? Aquelas que devem ser honradas, agraciadas, recompensadas, e aquelas que seria melhor esquecer, “virar a página”? Não. É inaceitável. A história de Soraya não é uma anedota. Os crimes contra mulheres – em relação aos quais há no mundo um quase conformismo, quando não complacência – não são tema de menor importância.

    As mulheres desafiaram o medo, os riscos, as responsabilidades. Na ausência dos homens, tiveram de sair da casa em que muitas vezes haviam estado confinadas e tomaram gosto por se tornar membros ativos da sociedade. E

    Kadafi tem razão, pensa ela, em apostar nas mulheres e ensiná-las a quebrar tabus, mostrando-se pronto a fazê-las se indispor com seus pais. Ao diabo com o cabresto da tradição! A liberdade pede passagem! E fica exultante por não ter mais de dormir em casa com a família, e sim com as camaradas, nos centros de treinamento. Na

    – Você não imagina o medo que as moças sentiam de parecer por demais brilhantes, inteligentes, talentosas ou bonitas – confidenciou-me a jurista Hana al-Galal, de Benghazi. –

    E então era uma vez a história de ser tratadas como cidadãos de segunda classe. Temos direitos. E vamos nos fazer ouvir!

    A atitude low profile passou a ser regra de ouro, assim como a disposição em parecer invisível. Nas assembleias e reuniões, as mulheres eram como fantasmas.

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