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    O Jardim das Aflições

    Por Olavo de Carvalho
    Existem 15 citações disponíveis para O Jardim das Aflições

    Sobre

    A tese fundamental deste monumental ensaio é a de que a história do ocidente é marcada pela ideia de Império e de suas sucessivas tentativas de reestruturação mesmo com roupagens diferentes, há sempre o mesmo objetivo: ampliar os domínios do Império até os limites do mundo visível.Essa é talvez a obra mais comentada e menos encontrada de Olavo de Carvalho. Sua reedição agora, no vigésimo aniversário da primeira publicação, é um presente: O Jardim das Aflições tem, para muitos dos que acompanham o lúcido e incansável trabalho do autor, estatura de obraprima.Se é necessário rever essa tese, avaliar em que pontos ela se articula com o cenário político e social do mundo atual, é uma das questões que o próprio autor responde no posfácio inédito.
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    Citações de O Jardim das Aflições

    A opção pela verdade deve ser refeita diariamente, entre as hesitações e dúvidas que constituem o preço da dignidade humana.

    Hoje em dia as pessoas criam opiniões como animais de estimação, sucedâneos do afeto humano.

    O típico intelectual exasperado de hoje defende sistematicamente reivindicações contraditórias: liberação do aborto e repressão ao assédio sexual, moralismo político e imoralismo erótico, liberação das drogas e proibição dos cigarros, destruição das religiões tradicionais e defesa das culturas pré-modernas, democracia direta e controle estatal da posse de armas, liberdade irrestrita para o cidadão e maior intervenção do Estado na conduta privada, anti-racismo e defesa de “identidades culturais” sustentadas na separação das raças, e assim por diante.

    Mais que o século das ideologias, mais que o século da física atômica, mais que o século da informática, este foi o século da escravização mental.

    O testemunho sincero de si para si é a primeira e indispensável condição do conhecimento objetivo.

    As idéias, para certas pessoas, não são imagens da realidade: são poções mágicas, de que se servem para enfeitiçar o público e colocá-lo a serviço de fins com que, lúcido e informado, ele não se prestaria a

    O segundo exerce uma ação quase física, produzindo feridas num estrato profundo que os meros argumentos não atingem. Feridas insensíveis, que só começarão a doer quando for tarde para curá-las — e quando a lembrança de sua origem estiver demasiado apagada para que se possa identificar o rosto do agressor.

    O primeiro comanda um exército de palavras, que podem ser enfrentadas com palavras. O

    Há uma grande diferença entre o doutrinador que mete simplesmente na cabeça das pessoas uma idéia errada e o feiticeiro que as adoece, debilitando suas inteligências para que nunca mais atinem com a idéia certa. O

    Hoje em dia as pessoas criam opiniões como animais de estimação, sucedâneos do afeto humano. Quanto

    o hábito brasileiro de olhar as manifestações culturais como um adorno supérfluo impede de enxergar as tremendas conseqüências práticas que as idéias filosóficas, mesmo difundindo-se apenas num estreito círculo de intelectuais, podem desencadear sobre a vida de milhões de pessoas que nunca ouviram falar delas e que, se ouvissem, não as compreenderiam. Ora,

    um feitiço não se discute no plano teórico: um feitiço desfaz-se, mediante a exibição dos chumaços de cabelos e dos retalhos de roupas da vítima, que o feiticeiro, em furtiva incursão, escondeu entre restos de cadáveres. Não se trata, portanto, de refutar argumentos errôneos, emitidos com a inocência de uma equivocada busca da verdade. Trata-se, como em psicanálise, de desenterrar velhas mentiras esquecidas, de desocultar intenções que chegam a ter algo de sinistro, de revelar o mal para que pereça exposto à luz, amputado da escuridão que o alimentava e protegia. Não

    Voltaire, grande retórico e jornalista que, como filósofo, não pode ser levado a sério.

    como disse Goethe, contra nada somos mais severos do que contra os erros que abandonamos.

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