O Morto Está Vivo!

Não há o frio que corta? E também não temos a palavra que fere? Por que então alguns contos não cortariam? Alertamos às crianças para não brincar com fogo ou objetos de corte, mas mesmo assim brincam e se cortam e desse modo aprendem.
Que espécie é essa que aprende na dor?
Somos humanos, diremos, mas podemos ser mais que humanos?
Qual a melhor história já contada?
Qual será o melhor livro já escrito?
Qual será meu melhor momento?
Não sei, ninguém o sabe, mas das gruas do pensamento, dos meus sonhos mais profundos e até dos meus tormentos, nasceu essa nova coletânea de memórias do mais profundo.
Não sou triste, nem alegre, apenas sou como também o é o mar indiferente ao que sente o peixe, a pedra e a areia.
O leitor aqui verá uma estátua que de tão viva, somente falta falar, mas que chora de lamentar por algo que não se sabe. Será pela vida que não teve ou pelo amor que nunca terá?
E quando se escuta um bebê chorar, haverá ali alguma inocência?
Deito aqui 26 novas histórias que se erguem e se deitam como ondas sobre ondas.
Espero que, até aqui, seja esse meu melhor livro e que o próximo o supere, como o mar se supera exuberante a cada dia...