Era rei. Vindo de muito longe, vagava entre os reinos dia após dia. Exausto, pés calejados, ombros curvos. As marcas do tempo encontravam-se em toda a sua pele, que oferecia espaço para rugas e sardas. Tomavam o corpo inteiro, menos os olhos. Estes eram a fonte de beleza do rei. Firmes e brilhantes, seus olhos ficavam sempre abertos, captando tudo através do silencio, comunicando-se através da variação de cores que ele possuía. Mesmo com o corpo desgastado, amarelo, os olhos de criança conferiam ao rei um ar tenro, de inocência e delicadeza. Era dessa forma que ele impunha sua força e cativava quem estivesse ao seu redor.
Ouro do Rei
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