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    PELO VALE JAGUARIBANO NUM ANO DE ESTIO: PESCARIA, TEATRO, SARAU LITERÁRIO-MUSICAL, CRENÇAS MITICO-CURANDEIRAS,…

    Por Agamenon Violeiro

    Sobre

    Não creio ser insólito se eu disser que da janela do meu quarto, vi numa noite de verão, o cruzeiro do sul brilhando no céu. Porém se eu disser que avistei um rabo de cometa, a notícia, creio, poderá soar como novidade. Igualmente não se espante se eu contar que já convivi com enchentes e secas, tempestade em rio... que presenciei tentativa de assassinato, queda de braço, duelo de cantador, falação de político, discussão sobre causas de fé, envolvendo salvação e condenação ao inferno, briga de homem por mulher e o contrário, confusão por causa de terra e herança, saques de mercadorias em épocas de estiagem, brigas de gangues e de torcidas de futebol, tudo isso ao vivo. Conversei com pessoa clarividente que disse ter visto minha aura no momento da conversa, ouvi previsões de profeta da chuva, joguei xadrez com pessoa cega, já vi até gato mamando em cadela. Não me vanglorio pelo simples fato de dizer que presenciei coisas assim, pois presenciar acontecimentos depende somente de se enxergar e se estar presente no ato. Agora uma coisa é se viver acontecimentos e outra coisa é deixá-los registrados, pois é exatamente isso o que me proponho a fazer no momento. Viajo de carro com os equipamentos que julgo necessários, uso a tecnologia que a atualidade me concede, mas ainda uso coisas obsoletas como máquinas fotográficas com filme, papel e lápis, lamparina, tarrafa para pescaria. Levo comigo além do meu equipamento de fotografia e computador, gravador, uma viola caipira, um tabuleiro com velhas peças de xadrez em madeira e alguns livros de papel. Beirando os sessenta janeiros, e por ter lido muito jornal digo que, a crônica policial diária, desde há muito, pode render contos de grande dramaticidade e atrocidades variadas. Os sensacionalismos do mundo do crime se tornam tão absurdos e violentos que é muito raro alguém hoje em dia, se espantar diante das tragédias que lê. O que eu vou relatar aqui são coisas simples, leves, sem dramas nem comicidade. Usarei minha linguagem coloquial para dizer do que ouvi e percebi nas conversas que entabulei com pessoas comuns. Por isso, vão aqui meus rabiscos, pois creio que assim como a crônica do jornal, um bem intencionado registro vale a pena ser lido. Gosto de viajar, de estar em lugares e fotografá-los mas, uma das coisas que mais me interessam nessas viagens são os ditos e as histórias das pessoas. Esses relatos estão atrelados ao meu prazer pelo registro fotográfico, bem como as crenças, valores, superstições e opiniões do povo que encontrei e encontro nos vilarejos e cidades por onde passo. Nesta minha primeira empreitada-registro, viajei de Fortaleza pela estrada litorânea na direção leste, entre a primeira quinzena de outubro e o início de novembro do ano seco de 2012. A partir do Fortim segui margeando o rio Jaguaribe, passei por Aracati, Itaiçaba, Jaguaruana, Russas, Quixeré, Limoeiro, Tabuleiro do Norte e Alto Santo.
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