Pequena morte e outras naturezas, a

Se para algumas mulheres romper a barreira dos 30 anos é sinônimo de crise, para Claudia Lage é um momento de euforia. Seu livro de estréia, A Pequena morte e outras naturezas traz treze contos nos quais ela esquadrinha, com delicadeza e sensibilidade, algumas das principais angústias do ser humano. Neuroses, culpas e emoções explodem no cotidiano de personagens - que estão sempre se reestruturando ou procurando algo novo em situações que pendem entre o limite do extraordinário e do banal. São histórias curtas, porém construídas com grande densidade psicológica, valorizando as emoções. "Num país onde a leitura é mínima, o conto pode despertar o interesse das pessoas", diz Claudia. A autora admite a influência de grandes nomes da literatura em sua obra. Entre eles, Clarice Lispector, no tom íntimo com que trata suas criações, e Manoel de Barros, na forma como se relaciona com a natureza e suas manifestações. Tudo isso sempre procurando fugir de soluções fáceis e criando uma criteriosa rede de imagens poéticas.