Por que ler Oswald de Andrade
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Desse ângulo, centrou ataques no bacharelismo, como um ranço culto da dominação portuguesa. Em lugar disso, propôs o conhecimento com base na mistura que constitui a vida brasileira. Acreditava que era preciso se nutrir das raízes para poder redimensionar o presente, em busca da poesia, encontrada na simplicidade do homem natural. Para Oswald o encantamento preside a “alegria de quem descobre”. Sugere mudanças no olhar, pois o fato estético está na cor dos “casebres”, no morro da Favela, no verde dos montes.
“Assim como o português saiu do latim, pela corrupção popular desta língua, o brasileiro está saindo do português. O processo formador é o mesmo: corrupção da língua-mãe. A cândida ingenuidade dos gramáticos chama corromper ao que os biologistas chamam evoluir.”
Em maio de 1928, sob a direção de António de Alcântara Machado e gerência de Raul Bopp, começou a circular a Revista de Antropofagia, 1a “dentição”. O primeiro número pôs em destaque o Abaporu de Tarsila, junto com o “Manifesto Antropófago” de Oswald, além do anúncio de Macunaíma, que acabava de ser publicado.
primitivo (do natural da América) com a mais arrojada tecnologia do começo do século XX, associada a campos do saber, como a física, a química, a matemática, e às manifestações artísticas, como dança, música, pintura, literatura.