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    Reencontros com as literaturas africanas de língua portuguesa – Michel Laban

    Por Claudio Fortuna

    Sobre

    Pretende-se com este livro enaltecer a memória do professor Michel Laban, que partiu para eternidade prematuramente em Novembro de 2008. Antes desse infausto acontecimento tivemos, no entanto, o privilégio de privar com ele em três momentos particulares:
    O primeiro momento foi em Dezembro de 1997, por altura do primeiro encontro internacional da literatura Angolana, em que participaram uma plêiade de especialistas de alto quilate da literatura Africana de língua portuguesa, numa realização da União dos Escritores Angolanos (UEA), com o fito de comemorar o 22º aniversário da mais antiga editora angolana pós-independência.
    A segunda circunstância foi no mês de Abril de 2003, na Biblioteca Nacional de Angola, na jornada do livro infantil realizada por essa instituição, e foi precisamente nessa ocasião que tive o privilégio de o entrevistar. Pretendia ouvir a sua opinião em relação à polémica em torno da autoria do slogan, ? Vamos Descobrir Angola!? porque no livro da grande entrevista com Mário Pinto de Andrade, conduzida pelo professor Michel Laban de 1984 à 1987, Mário de Andrade, dizia que o autor de tal slogan foi o Viriato da Cruz. De realçar que o projecto das entrevistas feitas ao nacionalista angolano, Mário Pinto de Andrade, ele havia planeado doze sessões, mas por o destino ter chamado o entrevistado para junto do criador em 1990, entrevistas somente houve dez com o intelectual do ?Gulungo Alto?. Mas Michel Laban conseguiu, dentre outras preciosas informações, ?arrancar? importantes dados, como o facto de o poema de Neto ? Renúncia Impossível? lhe ter sido entregue pelo próprio Agostinho Neto para fazer a devida revisão. Michel Laban pôde notar assim, que a versão deste poema que foi editado mais tarde em Luanda a título póstumo pela UEA, foi publicado numa versão incompleta. Eis, porém, que ele teve o privilégio de fazer uma cópia do original, que fazia parte do espólio do MPA, e hoje podemos notar que o poema original tem mais de catorze páginas e que podemos encontrá-lo na sua versão completa no livro de homenagem aos Dez anos da morte de Mário Pinto de Andrade, coordenado pela professora Inocência da Mata, que teve o privilégio de partilhar uma grata amizade com Mário. Foi esse o momento propício para o professor Michel Laban poder publicar na íntegra o poema que conta hoje mais de vinte páginas, o que torna aquela criação poética um facto de grande inspiração artística.
    O terceiro encontro foi em 2004, por altura do lançamento do livro 'Cartas de Pequim'. Tivemos o privilégio de fazer uma entrevista ao professor Laban em que ele narrava de forma particularmente fluida o percurso político e intelectual de Viriato da Cruz.
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