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    Senhora

    Por José de Alencar
    Existem 16 citações disponíveis para Senhora

    Sobre

    SenhoraSenhora é um romance urbano do escritor brasileiro José de Alencar, publicado em 1875,na forma de folhetim.Na narrativa, o autor mostra a hipocrisia da sociedade fluminense durante o Segundo Império. Através do romance entre Aurélia Camargo e Fernando Seixas, ele leva o leitor a refletir a respeito da influência do dinheiro nas relações amorosas e, principalmente, sua influência nos casamentos da época. O romance divide-se em quatro partes, que correspondem às etapas de uma transação comercial: Preço, Quitação, Posse e Resgate.
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    Citações de Senhora

    foi o fulgor satânico da beleza dessa mulher, a sua maior sedução.

    Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão.

    Por isso mesmo considerava ela o ouro, um vil metal que rebaixava os homens;

    Conheci outrora o dinheiro como um tirano; hoje o conheço como um cativo submisso. Por conseguinte devo ser mais velha do que o senhor que nunca foi nem tão pobre, como eu fui, nem tão rico, como eu sou.

    Os ricos alugam os seus capitais; os pobres alugam-se a si, enquanto não se vendem de uma vez, salvo o direito do estelionato.

    Uma paixão como a sua tinha direito de ser implacável!… E essa mulher que se deu a mim com a mais sublime abnegação, essa mulher a quem a sorte ligou-me eternamente, essa mulher única, eu a admiro, e não posso amá-la nunca mais! Encontrei-a em meu caminho, e perdi-a para sempre! Também não amarei outra. Depois de a ter conhecido, não profanarei minha alma com a afeição de mulher alguma.

    os poetas da civilização, ele não recebia da realidade essas impressões, e sim de uma variada leitura. Originais somente, são aqueles engenhos que se infundem na natureza, musa inexaurível porque é divina. Para isso é preciso, ou nascer nas idades primitivas, ou desprezar a sociedade e refugiar-se na solidão.

    toalhas de papel com que a civilização enxuga a cara ao público todas as manhãs.

    Aurélia amava mais seu amor do que seu amante; era mais poeta do que mulher; preferia o ideal ao homem.

    Não sabia que as mulheres tinham direito de dar ordens aos maridos. Em todo o caso eu não usaria do meu poder para coisas tão insignificantes.

    Pobre, desacreditado, reduzido à vida de expedientes, com a sua carreira cortada, que futuro era o seu? Não lhe restava senão resignar-se à vegetação de emprego público com a ridícula esperança de alforria lá para os cinqüenta anos, sob a forma da mesquinha aposentadoria.

    Para nascer é preciso dinheiro, e para morrer ainda mais dinheiro. Os ricos alugam os seus capitais; os pobres alugam-se a si, enquanto não se vendem de uma vez, salvo o direito do estelionato.

    A crítica, por maior que seja a sua malignidade, produz sempre um efeito útil que é de aguçar a curiosidade.

    -Dizem que a água no vinho faz de duas bebidas excelentes uma péssima. O mesmo acontece à mistura da virtude com o vício. Torna o homem um ente híbrido. Nem bom, nem mau. Nem digno de ser amado; nem tão vil, que se lhe evite o contágio.

    Queria que me dissessem os senhores moralistas o que é esta vida senão uma quitanda? Desde que nasce um pobre-diabo até que o leve a breca não faz outra cousa senão comprar e vender? Para nascer é preciso dinheiro, e para morrer ainda mais dinheiro.

    No dia em que eu precisasse justificar-me, estaria divorciada, pois se teria extinguido a confiança, que é o primeiro vínculo do amor, e a verdadeira graça do casamento.

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