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    Um país partido ? 2014: a eleição mais suja da história

    Por Marco Antonio Villa
    Existem 15 citações disponíveis para Um país partido ? 2014: a eleição mais suja da história

    Sobre

    Um raio-x das eleições mais comentadas e turbulentas desde 1989!
    Ninguém passou imune pelas eleições de 2014. Após 12 anos de governo do Partido dos Trabalhadores, o Brasil se dividiu entre apoiadores apaixonados da continuidade do projeto do PT e eleitores indignados com os escândalos de corrupção e dispostos a mobilizar grandes contingentes de pessoas para o voto na oposição.
    Os debates, as trocas de acusação, as matérias na imprensa e, principalmente, as redes sociais foram responsáveis por um momento de politização nunca antes experimentado, e também pelo acirramento de uma disputa polarizada só comparável à ocorrida em 1989.
    Observador atento e cuidadoso do cenário político, Marco Antonio Villa traz em Um país partido ? 2014: a eleição mais suja da história uma análise detalhada do processo eleitoral que parou o país.
    O livro apresenta uma breve história das eleições presidenciais desde 1891. Se debruça sobre o quadro de formação das candidaturas e traça o histórico da campanha eleitoral. Termina com um balanço do sétimo processo eleitoral geral desde a redemocratização e estuda seu significado. Tudo isso com o rigor e competência que caracteriza seu autor.


    Sobre o autor: Marco Antonio Villa é bacharel e licenciado em História, mestre em Sociologia e doutor em História (todos pela USP). Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) é autor de diversos livros, entre eles Ditadura à brasileira (2014), Mensalão: o julgamento do maior caso de corrupção da história política brasileira (LeYa, 2012) e A história das constituições brasileiras: 200 anos de luta contra o arbítrio (LeYa, 2011).
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    Citações de Um país partido ? 2014: a eleição mais suja da história

    Em constantes deslocamentos pelo país, a presidente utilizou-se sem nenhum pudor da estrutura da máquina pública. Assim como recebeu apoios daqueles que eram, na prática, seus subordinados. Em mais um triste momento da história das universidades federais, 54 reitores, esquecendo-se de que as universidades são apartidárias, reuniram-se com a presidente e, por meio de um documento, declararam apoio à sua reeleição, pois, segundo eles, “o Brasil está no rumo certo”.

    Thomas Traumann substituiu Helena Chagas, que tinha ficado na alça de mira do PT. Era criticada por não possuir um perfil petista, por ser considerada muita branda na relação com a imprensa e, principalmente, por não ter dado o “apoio” financeiro aos blogueiros e à mídia de aluguel, regiamente remunerada por verbas oficiais ou oficiosas.

    A divulgação do escândalo envolvendo a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos, deixou o governo em uma situação difícil.

    Petrobras foi obrigada a comprar os 50% sob controle da empresa belga, pagando no total US$ 1,18 bilhão pela refinaria, 27 vezes o valor gasto pela Astra em 2005 para assumir o controle do empreendimento.

    A República nasceu de um golpe militar. A participação popular nos acontecimentos de 15 de novembro de 1889 foi nula. O novo regime nasceu velho. Acabou interrompendo a possibilidade de um Terceiro Reinado reformista e modernizador, tendo à frente Isabel como rainha e chefe de Estado, como previa a letra e o espírito da Constituição de 1824.

    Era mais uma bazófia. Bastava comparar, com valores atualizados, os lucros dos bancos na presidência FHC, quando alcançaram R$ 31 bilhões, e os realizados nos oito anos do governo Lula, quando quintuplicaram e atingiram fantásticos R$ 199,4 bilhões.

    A estratégia petista era de desconstruir Marina, identificá-la com os banqueiros, símbolos do mal. Não passava de um instrumento eleitoral, um esquerdismo de ocasião, com data de validade que expirava, como em outras vezes, após a apuração dos votos. Além do que, o modelo de banco central autônomo era adotado em vários países como Nova Zelândia, Japão, Estados Unidos, Chile, entre outros, bem como na Europa. E mais: até aquele momento da campanha, o PT tinha recebido R$ 16 milhões de doações dos grandes bancos, valor superior à soma das contribuições, do mesmo setor, obtidas por Marina e Aécio. Era mais uma bazófia. Bastava comparar, com valores atualizados, os lucros dos bancos na presidência FHC, quando alcançaram R$ 31 bilhões, e os realizados nos oito anos do governo Lula, quando quintuplicaram e atingiram fantásticos R$ 199,4 bilhões.

    No dia 21 deu, naquele local, mais uma entrevista coletiva. O pretexto era expor sua viagem aos Estados Unidos, onde falaria na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. A presidente foi fotografada com uma “cola”, com instruções de sua assessoria de como deveria responder às perguntas, revelando, mais uma vez, sua inépcia para simplesmente expor a posição do governo sobre qualquer tema.

    Era assim que a máquina de triturar reputações funcionava e, aquele momento, estava obtendo bons resultados, considerados pelos petistas como essenciais para dar uma vantagem nas intenções de voto à Dilma para, aí sim, no segundo turno queimar todos os cartuchos usando da calúnia como principal instrumento de campanha.

    A última semana da campanha do primeiro turno começou com Marina ferida pelos ataques petistas. A direção da campanha estava imobilizada. Não sabia como responder às calúnias da propaganda eleitoral de Dilma. A ex-senadora demonstrou inexperiência e absoluta falta de capacidade de reação política. A candidata saíra do PT em 2009, mas o partido ainda não tinha saído dela. Marina não esperava ser atacada como foi e, desorientada, não soube responder ao jogo pesado da artilharia dirigida pelo marqueteiro de Dilma, João Santana.

    Marina Silva aprendeu na prática o que é o PT. Em uma quinzena, foi alvo de um volume nunca visto de mentiras numa campanha presidencial, o que acabou triturando a sua candidatura. Tivemos o mais violento segundo turno de uma eleição presidencial. O que Marina sofreu, Aécio sofreu em dobro. Tudo porque colocaram em risco o projeto criminoso de poder do petismo – brilhante definição apresentada pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do mensalão.

    O PT não tinha mais nenhum limite ético. O que importava era vencer a qualquer custo a eleição. Fariam de tudo para destruir o adversário.

    De maneira genérica, sob um possível segundo mandato da presidente Rousseff, esperamos que o conjunto de políticas permaneça heterodoxo. Isso indica que provavelmente será protelado por vários anos o ajuste interno (inflação) e externo (contas com o exterior) de que a economia precisa. Uma administração Aécio Neves provavelmente seria capaz de gerar um choque positivo de confiança. O

    E mais uma vez, caso único na nossa história, tivemos como protagonista de uma eleição presidencial – pela sétima vez consecutiva – Luiz Inácio Lula da Silva. Ele representa o que há de mais atrasado na política brasileira. Tem uma personalidade que oscila entre Mussum e Stálin. Atacou as elites – sem defini-las – e apoiou José Sarney, Jader Barbalho e Renan Calheiros. Falou em poder popular e transferiu bilhões de reais dos bancos públicos para empresários aventureiros. Fez de tudo para que esta eleição fosse a mais suja da nossa história. E conseguiu.

    “Botin [presidente do banco], meu querido. Eu tenho consciência que não foi você que falou, mas essa moça tua que falou não entende porra nenhuma de Brasil ou do governo Dilma”. E continuou: “Manter uma mulher dessas em cargo de chefia é sinceramente… Pode mandar embora e dar o bônus dela pra mim”.

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