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    Vacaciones: Caronas, cagadas e cervejas

    Por Ana Paula Barbi
    Existem 15 citações disponíveis para Vacaciones: Caronas, cagadas e cervejas

    Sobre

    Morando em pensões, mudando de casa três vezes por mês, trocando de emprego em tempo recorde (e muitas vezes procurando um), divagando sobre a vida e as bizarrices que acontecem à sua volta: assim passa Ana Paula a maior parte do tempo. Autodenominada Paulinha ou Polly, a autora-personagem passa por Campinas, São Paulo, Buenos Aires, Uberlândia, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Pipa, Londres... aparentemente, porque foi expulsa de casa. Mas, às vezes, ela se pergunta se não gosta mesmo é dessa “vida bandida”. As variações de cenário e par romântico nesta história da vida real são tão frequentes quanto as oscilações de humor da personagem. A linguagem, atual, espontânea e de uma acidez e perspicácias deliciosas. Por vezes, Polly demonstra uma força invejável. Em outros momentos, ela própria se condena e aponta os inúmeros erros que a afastam de uma vida minimamente comum — crediário de sofá, trabalho, um dia para lavar roupa. A mesma vida que às vezes ela parece desejar e, outras vezes, repelir com violência. Produzido a partir de textos publicados em seu blog pessoal (que passou por vários endereços eletrônicos), Vacaciones conta a história catártica da autora-personagem que se autodescreve como “difícil de lidar” — mas que sem dúvida se destaca, uma antítese à mediocridade. E isso é fácil de perceber: Polly transita da cultura pop a referências mais eruditas com maestria e equilíbrio. O mesmo jogo de cintura, aliás, de quem soube sobreviver pegando carona na estrada e, apenas pouco tempo antes, bebendo Guinness na Irlanda como se não houvesse amanhã. Um desabafo e uma forma de guardar as memórias para si própria, Vacaciones apóia-se justamente na instabilidade, naquilo que, ao mesmo tempo, tanto assusta quanto parece libertar.
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    Citações de Vacaciones: Caronas, cagadas e cervejas

    Concluindo: antes desequilibrada, desempregada e falida do que membro da comunidade “Eu amo a Hello Kitty”.

    Eu não penso exatamente em morrer, mas simplesmente parar de existir, sabe? Não ter que fazer mais nada, simplesmente desistir. Tentei esse negócio de viver e não deu muito certo, onde é a saída? Mas daí eu penso que se eu desistir agora nunca vou conseguir as coisas que eu sei que vão acontecer. É só isso que me impede. Sinceramente eu espero que compense.

    –Não estou correndo das minhas responsabilidades e sim ao encontro delas. Não há nada de negativo em escapar para salvar a minha vida.

    Começo algo, acho que está meio torto e poderia ficar melhor, jogo tudo fora, começo de novo, acho que ficou pior ainda, rasgo de novo e de novo, até o dia em que morrer sem nunca ter passado da primeira página.

    Amiga o conformismo é a característica mais terceiro mundo que existe! Amiga… é isso que você virou? Uma pessoa do terceiro mundo???? Quando você estiver com preguiça, se conformando com as coisas, pare e repita: Eu não sou do terceiro mundo, eu sou internacional. Eu sou vogue! VOH-GUE

    Lâmpada é uma daquelas coisas que você só descobre que precisa ser comprada depois que sai de casa. Papel higiênico é outra. Nunca me recuperei do choque de descobrir que não existem duendes que renovam seu estoque durante a noite e que um dia ele acaba. Nunca faltou papel higiênico na casa da minha mãe.

    eu pensei que essa outra parte – a escrota, inconsequente e egoísta – tivesse ido embora para sempre. Mas não, ela está aqui ainda. Ela sempre vai estar aqui. E acho que é isso que eu estou fazendo agora – parando de lutar contra a minha natureza.

    crise precisa de álcool ou nem é.

    bêbados costumam fazer promessas que não pretendem cumprir.

    Uma vez me contaram que um cara surtou no meio da faculdade. Eles estavam no laboratório pingando gotinhas com pipeta e tals até que o cara gritou CHEEEEEGA, jogou a pipeta longe e nunca mais apareceu. Eu estou nesse ponto. Daqui a pouco eu jogo a pipeta longe, grito CHEGA e nunca mais apareço. Eu costumava ser assim. Não sei o que aconteceu.

    se você quiser se sentir inteligente, cerque-se de pessoas burras.

    Meus antigos colegas de escola, por exemplo. Todos se formaram, fazem faculdade, têm carro, casa e parceiro fixo. Eu? Mandei tudo à merda e fui para a Irlanda, não sei dirigir, mal tenho onde morar e sequer me dei ao trabalho de terminar o ensino médio. Me orgulho disso? Obviamente não. Mas se você examinar com cuidado, os ex- colegas de classe fazem parte de comunidades do tipo Chiclete com Banana,  Hello Kitty, Eu Amo Meu Namorado e alguma do Chaves. Dificilmente essas pessoas têm mais de vinte comunidades. Algumas, só quatro. 105 amigos e quatro comunidades. QUATRO! Em conversa recente com o Didi, decidimos que não dá para levar a sério uma pessoa com menos de cinquenta comunidades. Ou pelos menos metade do número de amigos. Quatro amigos? Duas comunidades. Cem amigos? Cinquenta comunidades. Isso é o mínimo. Porque né, se você não consegue se interessar por nada além do Chiclete com Banana, a cidade ou o bairro em que estudou e não vê uma boa razão para ser membro da “Dercy Gonçalves dá um caldo” ou “Jogar war é bom mas dá merda”, então eu tenho pena de você. Dó mesmo. Concluindo: antes desequilibrada, desempregada e falida do que membro da comunidade “Eu amo a Hello Kitty”.

    –Não estou correndo das minhas responsabilidades e sim ao encontro delas. Não há nada de negativo em escapar para salvar a minha vida. E

    Ok, camundongos usam luvinhas brancas e cantarolam músicas infantis e ratazanas vivem no esgoto e transformam tartarugas mutantes em justiceiras, mas quem se importa?

    Caguei para quem não sabe respeitar as leis de trânsito. Três vivas para a seleção natural.

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