Vacaciones: Caronas, cagadas e cervejas
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Concluindo: antes desequilibrada, desempregada e falida do que membro da comunidade “Eu amo a Hello Kitty”.
Eu não penso exatamente em morrer, mas simplesmente parar de existir, sabe? Não ter que fazer mais nada, simplesmente desistir. Tentei esse negócio de viver e não deu muito certo, onde é a saída? Mas daí eu penso que se eu desistir agora nunca vou conseguir as coisas que eu sei que vão acontecer. É só isso que me impede. Sinceramente eu espero que compense.
–Não estou correndo das minhas responsabilidades e sim ao encontro delas. Não há nada de negativo em escapar para salvar a minha vida.
Começo algo, acho que está meio torto e poderia ficar melhor, jogo tudo fora, começo de novo, acho que ficou pior ainda, rasgo de novo e de novo, até o dia em que morrer sem nunca ter passado da primeira página.
Amiga o conformismo é a característica mais terceiro mundo que existe! Amiga… é isso que você virou? Uma pessoa do terceiro mundo???? Quando você estiver com preguiça, se conformando com as coisas, pare e repita: Eu não sou do terceiro mundo, eu sou internacional. Eu sou vogue! VOH-GUE
Lâmpada é uma daquelas coisas que você só descobre que precisa ser comprada depois que sai de casa. Papel higiênico é outra. Nunca me recuperei do choque de descobrir que não existem duendes que renovam seu estoque durante a noite e que um dia ele acaba. Nunca faltou papel higiênico na casa da minha mãe.
eu pensei que essa outra parte – a escrota, inconsequente e egoísta – tivesse ido embora para sempre. Mas não, ela está aqui ainda. Ela sempre vai estar aqui. E acho que é isso que eu estou fazendo agora – parando de lutar contra a minha natureza.
crise precisa de álcool ou nem é.
bêbados costumam fazer promessas que não pretendem cumprir.
Uma vez me contaram que um cara surtou no meio da faculdade. Eles estavam no laboratório pingando gotinhas com pipeta e tals até que o cara gritou CHEEEEEGA, jogou a pipeta longe e nunca mais apareceu. Eu estou nesse ponto. Daqui a pouco eu jogo a pipeta longe, grito CHEGA e nunca mais apareço. Eu costumava ser assim. Não sei o que aconteceu.
se você quiser se sentir inteligente, cerque-se de pessoas burras.
Meus antigos colegas de escola, por exemplo. Todos se formaram, fazem faculdade, têm carro, casa e parceiro fixo. Eu? Mandei tudo à merda e fui para a Irlanda, não sei dirigir, mal tenho onde morar e sequer me dei ao trabalho de terminar o ensino médio. Me orgulho disso? Obviamente não. Mas se você examinar com cuidado, os ex- colegas de classe fazem parte de comunidades do tipo Chiclete com Banana, Hello Kitty, Eu Amo Meu Namorado e alguma do Chaves. Dificilmente essas pessoas têm mais de vinte comunidades. Algumas, só quatro. 105 amigos e quatro comunidades. QUATRO! Em conversa recente com o Didi, decidimos que não dá para levar a sério uma pessoa com menos de cinquenta comunidades. Ou pelos menos metade do número de amigos. Quatro amigos? Duas comunidades. Cem amigos? Cinquenta comunidades. Isso é o mínimo. Porque né, se você não consegue se interessar por nada além do Chiclete com Banana, a cidade ou o bairro em que estudou e não vê uma boa razão para ser membro da “Dercy Gonçalves dá um caldo” ou “Jogar war é bom mas dá merda”, então eu tenho pena de você. Dó mesmo. Concluindo: antes desequilibrada, desempregada e falida do que membro da comunidade “Eu amo a Hello Kitty”.
–Não estou correndo das minhas responsabilidades e sim ao encontro delas. Não há nada de negativo em escapar para salvar a minha vida. E
Ok, camundongos usam luvinhas brancas e cantarolam músicas infantis e ratazanas vivem no esgoto e transformam tartarugas mutantes em justiceiras, mas quem se importa?
Caguei para quem não sabe respeitar as leis de trânsito. Três vivas para a seleção natural.